Wellington Silva

Paul McCartney, e meu sonho de criança


 

Quando em casa tocava no Motorola de mamãe a canção Help, dos Beatles, eu, ainda “garotão”, corria pro rádio pra ouvir!

“Help, a need somebody, help, not just anybody, help, you a need someone, help!” Me ajude, preciso de alguém, não é qualquer pessoa! Me ajude, você sabe que preciso de alguém! Me ajude!

O nosso Querido e lendário João Lázaro comandava o show musical na Rádio Difusora. Quando tocava Ticket to Ride, eu achava aquela batida musical simplesmente incrível:

“Acho que vou ficar triste, acho que é hoje, sim! A menina que está me deixando louco está indo embora! Ela tem um bilhete para andar, e ela não se importa…”

E o sonho não acabou!

Ele continuará pra sempre na força irradiante e contagiante da alegria e das profundas emoções que Paul McCartney e seus fãs emanaram no memorável show realizado no Estádio Mané Garrincha, quinta-feira, 30 de novembro de 2023.

Eu, já um senhor de 59 anos, e Paul McCartney, 81, cantando como nunca, altamente carismático, a nos conduzir com sua fantástica banda a uma viagem musical histórica, antológica, nostálgica, musicalmente navegando no começo do começo dos Beatles, com Love Me Do, por exemplo, até chegar aos seus eletrizantes sucessos que até hoje encantam gerações como Jet e Live and Let Died (Viver ou Morrer), canção classificada como a melhor da lendária série cinematográfica de ação e aventura 007 James Bond.

Mas, o momento que mais emocionou a todos, e particularmente a mim, foi quando Paul cantou Let it Be:

“Quando me vejo em períodos difíceis, Mãe Maria vem a mim dizendo, deixe estar, e nas minhas horas de escuridão, ela vem a mim dizendo, deixe estar…”

Enquanto cantava Hey Jude, no refrão o estádio inteiro respondia em coro!

Belíssima foi a homenagem que também fez a George Harisson, ao cantar Something, com aquela linda abertura musical no ukulele, instrumento que George muito gostava de tocar.

Belíssima também foi a homenagem feita a John Lennon!

E nós ali, amapaenses, de corpo e alma presente, eu, Aida Mendes, Renata Verzola, Selma Cruz e Maíra Cruz Bemerguy, emocionados, boquiabertos, vendo aquela lendária criatura a irradiar tanta energia através de canções que encantam e continuam a encantar gerações e gerações…

O THE END foi uma emocionante visita através de uma belíssima releitura musical do álbum ABBEY ROAD, dos Beatles.

RARE PAUL MCCARTNEY!