Wellington Silva

Respeitem os barnabés!


Pegou mal perante a opinião pública nacional e principalmente no seio do funcionalismo público federal matéria veiculada na tela do plim-plim sobre os servidores públicos. Além de generalizar geral a notícia ficou totalmente fora de contexto legal, e o que é pior, com comparativos absurdos entre o setor público e privado, realidades estruturais completamente diferentes, com legislações em vigor e complementares totalmente diferentes.

Por conta de uma Reforma Administrativa o funcionalismo público federal ativo jamais pode ser responsabilizado pelos problemas do país e muito menos pelos desmandos irresponsáveis de governos passados. Portanto, se faz mister separar o joio do trigo, sem generalizações e afirmações absurdas, e mostrar exatamente quem são e onde estão os vários fantasmas encastelados principalmente no planalto central do Brasil, os “ilustres” que nem sequer assinam ponto diário, alguns fora de seu estado e até do Brasil. Estariam eles em alguns gabinetes parlamentares, no Executivo, Judiciário e na área de segurança pública e militar não só em BSB como em alguns estados da federação?

Separar o joio do trigo é preciso!

Perguntinha básica:

Quem movimenta os poderes na capital federal e nos estados e municípios deste país senão o nosso heroico e valoroso funcionalismo público, servidores de carreira que já prestaram e continuam prestando relevantes serviços a nação e a sua região?

Se um funcionário federal de carreira ganha mais do que um “novato”, quer o “novato” seja servidor estadual ou não, ou mesmo trabalhador do setor privado, é porque evidentemente existe uma legislação nacional e internacional chamada progressão funcional por tempo de serviço, que deve ser respeitada. Além do mais, alguns, por ignorância e completa falta de leitura, desconhecem a Lei 8.112 e legislações complementares, assim como a CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, leituras que deveriam ser obrigatórias antes de se produzir qualquer informação a respeito de tais assuntos.

Toda e qualquer vantagem recebida pelo funcionalismo público federal é resultado de duras lutas sindicais, vantagens aprovadas pelo Congresso Nacional, e sancionadas pelo Poder Executivo, para depois serem incorporadas junto com os proventos no contra cheque do servidor. Auxílio creche, vale alimentação, gratificação de apoio ao estado e o chamado auxílio periculosidade e insalubridade, que deve obrigatoriamente ser pago a médicos, enfermeiros e bombeiros, por exemplo, de muito são e devem ser obrigações jurídicas de estado. Algumas vantagens ilegais, como os “rachas”, 14º, 15º e demais vantagens “acordadas” em gabinetes ou entre gabinetes passam ao largo e despercebidas do povo brasileiro.

A única diferença que percebo entre o setor público e privado é que felizmente ainda existem neste país bons empresários que dividem seus lucros com seus trabalhadores e promovem aqueles que realmente se esforçam pela melhoria da qualidade e da lucratividade da empresa. E exatamente o contrário de matéria veiculada na telinha do plim-plim, muitos funcionários públicos federais de carreira não chegam nem perto do que muitos executivos, lobistas e diretores de empresas ganham ao fechar acordos de conveniências pessoais para liberação de contratos.

Novamente repito:

Separar o joio do trigo é preciso!

Não generalizem e por favor, respeitem os barnabés!