Wellington Silva

Sobre as enchentes e a pandemia do coronavírus


Somos causa e efeito de tudo o que pensamos e fazemos e também causa primeira, segunda e terceira de tudo aquilo que já fizemos de errado contra a Mãe Terra. Ou será Mãe Terra Atômica?

E para piorar ainda mais as coisas, sempre aparece, nestes momentos críticos, os ditos “profetas de fim de mundo”para criar um ambiente de alarmismo de “sinais de fim dos tempos”, citando e interpretando emocionalmente a Bíblia Sagrada ao pé da letra, com passagens apocalípticas exageradas, sem pé e nem cabeça.

A bem da verdade, somos causa e efeito de tudo o que já fizemos contra a Terra porque sem nenhum estudo científico sério altera-se cursos d’água de rios, sem avaliar seus impactos. Constrói-se gigantescas, péssimas e baratas barragens para contenção de rejeitos, bem acima de vilas e bairros, e simplesmente vira-se as costas para vidas humanas e o meio ambiente, mesmo sabendo do sério risco que uma porcaria de um projeto deste tipo pode causar, como realmente causou. Polui-se praias, rios e igarapés, e não se vê a necessidade da boa prática cultural da higiene,da boa educação ambiental. Habita-se em morros onde o tipo de solo é inadequado para suportar sucessivas e improvisadas intervenções de construção de moradia. E tem mais! Vez por outra ocorrem testes em oceanos para avaliar o potencial da desgraça que pode causar uma perversa bomba atômica.

Nas áreas urbanas, pessoas não tem o devido cuidado com o lixo, daí entupindo canais, bueiros, sujando vias públicas e poluindo áreas de ressaca. O poder público, por seu turno, em grandes capitais como Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, governo após governo, não tem o devido cuidado de investir em grandes obras de prevenção para escoar todo este grande volume d’água, proveniente das enchentes,que evidentemente traz consigo volumes de lama e muito lixo. Quem mais tem sofrido com a situação das enchentes, em função de sua geografia diferenciada, são os mineiros. Todos sabem que a capital mineira foi construída ao redor de morros e no pé dos morros, por assim dizer. Observem que os castelos, fortificações e construções da Idade Antiga, Média e dos séculos XVI, XVII e XVIII estão no mesmo lugar, imponentes e resistentes ao tempo. Projetos inteligentes, muito bem pensados, feitos por gente inteligente que pensava no futuro e conhecia geografia e solo.

A pergunta desafiante é:

Para onde escoar tanta água, lama e lixo com uma enchente da proporção que ocorreu em Minas, Espírito Santo e Rio?

A questão central a ser discutida, como prevenção para o futuro, é de sobremaneira a educação ambiental e a imediata construção de projetos bem pensados para escoamento de grandes volumes d’água. Estes são o grande X da questão.

E ainda temos o coronavírus!

E porque estas coisas aparecem?

Imaginem que as grandes metrópoles, como as cidades chinesas, são habitadas por milhares de pessoas, e comem de tudo. As áreas periféricas de lá são como as daqui. Muita gente vivendo em espaços insalubres, em palafitas, com esgoto a céu aberto, vivendo na pobreza e abaixo da linha de pobreza. Estes cenários periféricos, muito insalubres, nada mais são do que reproduções, no tempo e no espaço, de como viviam algumas comunidades na Idade Antiga e Média. E alguém tem conhecimento de grandes epidemias nas civilizações asteca, maia, grega e romana?Suas cidades possuíam inteligentes canais de saneamento básico, canais de coleta de água da chuva para irrigação da lavoura e uma agricultura avançada para a época.

Hoje fala-se muito no carro elétrico como alternativa sustentável para diminuir a emissão de gases poluentes na camada atmosférica.

E por que?

Em muitos países, como na China e Estados Unidos, já não se consegue respirar direito. Para quem não sabe, o carro elétrico foi patenteado por Thomas Edison, em Cleveland, Ohio, em 1.899. A fabricante foi a Baker Motor Vehicle Company. Outros apontam Nykola Tesla como mentor intelectual da invenção, pois Tesla e Edison trabalhavam juntos, tendo Edison se apropriado da ideia.

E alguns historiadores dizem o seguinte:

“Na verdade, foi o húngaro Ányos Jedlik que inventou o motor elétrico, cerca de 50 anos antes de Tesla”.

O certo é que é muito tempo de espera para finalmente o homem chegar a feliz conclusão de que o carro elétrico é uma boa, é sustentável e não polui o meio ambiente. Falta tão somente ele se tornar um produto popular, barato e acessível!

Portanto, vamos juntos pensar e cuidar direito da Mãe Terra, do nosso meio ambiente, antes que seja tarde demais para todos nós!