Wellington Silva

Sobre internet violenta, games violentos e jovens com desvios de conduta


 

Quais são os fatores indutores “influencer” que levam adolescentes e jovens a cometerem crimes absurdos em escolas e ambientes públicos?

 

Desvios de conduta? Problemas familiares? Vícios? Trauma escolar?

 

A resposta com certeza pode também estar dentro do mundo obscuro da internet violenta, nos games violentos que incentivam a matar, nos macabros filmes de terror que alimentam o horror e na total ausência de educação e de acompanhamento familiar.

 

Fica evidente a constatação do fato de que a ampliação do raio de ação da internet violenta e do comércio sem limites de games violentos, somados a ausência de educação e de acompanhamento familiar torna-se cada vez mais prato feito em larga escala de produção, tudo “prontinho” a exploração, abuso e usufruto de grupos radicais extremistas.

 

No meio deste cenário aberrativo, se vê de tudo:

Grupos nazistas e fascistas em ascensão, psicopatas, grupos racistas, teólogos e teóricos do absurdo, profetas do fim do mundo, teóricos da “raça superior”, e por aí vai…

 

Recentemente, uma digital influencer com mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais – pasmem! – foi presa por incentivar ataques contra escolas em Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce. Informações da Polícia Civil de Minas Gerais dão conta de que a Operação ‘Por Trás das Máscaras’ cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na residência de uma jovem de 22 anos, investigada por crimes de ameaça, corrupção de menores, incitação à prática de crimes, apologia ao crime e divulgação de informação ou notícia que sabe ser notoriamente falsa.

 

A investigação ocorreu após a polícia acessar conteúdo de vídeos que circulam nas redes sociais da acusada com clara ameaça a escolas da cidade.   A referida jovem costumava postar vídeos para incentivar/recrutar adolescentes à prática de crimes de massacre nas escolas, e ameaçar alunos e professores de uma escola pública localizada em Governador Valadares. Em sua casa, três máscaras inspiradas no personagem do filme “O Pânico” foram encontradas.

 

Informa o Delegado encarregado pelas investigações, Márdio Bento, que “a jovem é muito conhecida em suas redes sociais pelo grande número de visualizações em suas postagens, principalmente na mídia social de compartilhamento de vídeo, onde acumula mais de quatro milhões de seguidores. Ela já foi investigada por prática de crime de falsa identidade e falsidade ideológica. As investigações continuam para identificar outros suspeitos”, salienta o delegado.

 

Não demorou, outro caso absurdo chamou a atenção em Minas:

 

Dois adolescentes, de 14 e 15 anos, foram apreendidos pela Polícia Civil de Minas Gerais, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Afirmara a Polícia local que “eles planejavam explodir a tubulação de gás da cozinha de uma instituição de ensino para causar uma reação em cadeia no prédio. O nome da escola foi preservado para não causar pânico.

 

Outro adolescente, de 15 anos, foi identificado e preso em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira, como proprietário de um perfil de rede social contendo ameaças de ataques em escolas do município.

 

Observem que como em Minas Gerais tudo parece ser uma orquestração de ação/reação em cadeia em determinadas cidades do Brasil e do mundo, e tudo com o claro propósito de gerar pânico, terror, a cultura do medo, do horror, justamente o louco prazer em tentar impor, quase com toda certeza, alguma corrente de pensamento extremista.

 

As investigações, no tempo certo, dirão…