Wellington Silva

Vitórias amapaenses


Parece que agora vai!

As obras de finalização para pavimentação completa da BR-156, no trecho Macapá até o município de Oiapoque, ganharam impulso após articulação conjunta do presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), Bancada do Amapá e governo amapaense.

Satisfatório é ver, sem confetes e serpentinas, todos imbuídos do mesmo propósito, juntos, fiscalizando “in loco” a retomada das obras da estrada mais longeva a pavimentar neste Brasil Varonil, a BR-156, rodovia que incialmente foi bravamente aberta pelo saudoso empresário Walter do Carmo, nos anos 40. Seu primeiro Termo Aditivo, para pavimentação, se deu em 1976, e já se passaram vários governos sem que esse tão esperado trecho principal fosse concluído. E olha que ainda falta a pavimentação do trecho Macapá/Laranjal do Jari.

O empenho, principalmente do senador Davi, que assumiu temporariamente a Presidência da República, até este final de semana útil, sem dúvida alguma foi decisivo não só para o entravado e “encalacrado” projeto de pavimentação da BR-156, no Dnit, como também para a solução definitiva da questão de transferência de domínio de nossas terras, uma área geográfica antes considerada de domínio público da União federal.

A Medida Provisória nº 901/2019, que transfere terras da União para os estados do Amapá e Roraima, já está publicada no Diário Oficial da União desde segunda feira, 21 de outubro. Ela resolve e de tabela uma velha reivindicação tanto de parte do Estado do Amapá como do de Roraima.

Isso significa dizer que o Estado do Amapá passa a ter autonomia direta sobre parte de sua área territorial com exceção da área que compreende a grande extensão do Parque do Tumucumaque, área de preservação ambiental que como medida protetiva de intocabilidade somente promove o engessamento do nosso desenvolvimento regional. Não que sejamos contra a conservação do meio ambiente, muito pelo contrário.

O que devemos defender aqui neste nosso ponto Norte Setentrional do Brasil, cortado pela linha imaginária do Equador, é a aplicação real do desenvolvimento sustentável, pois, a bem da verdade, existem dois conceitos ambientais básicos que muita gente não sabe:

O primeiro é o do preservacionismo, ou seja, o ato de preservar determinada área geográfica, tornando-a intocável a ação do homem por um período determinado ou indeterminado, como é o caso do Parque do Tumucumaque. O segundo conceito, o do conservacionismo, é o ato de conservar racionalmente determinada área geográfica, explorando-a economicamente de forma legal, limpa e sustentável, como são, por exemplo, as madeiras certificadas com selo ambiental. Mas isso é assunto para outro artigo. Está de parabéns nossa Bancada e o povo do Amapá por estas duas tão esperadas Vitórias Amapaenses.