Heraldo Almeida

Cley Lunna preparando a gravação do 1º CD


Um cantor que defende a sua terra, um compositor que escreve sobre o seu povo e um artista comprometido com a vida da sua gente e da cultura e lugar onde vive, assim é o jovem cantador amapaense, filho de Santana, Cley Lunna dos Santos Lobato, ou simplesmente, Cley Lunna, que nasceu em abril de 80. Assim é o Amapá, cheio de talentos que o mundo oferece para a arte acolher.

Cley Lunna nasceu pro mundo da arte musical, aos 11 anos de idade, por incentivo próprio, depois dos trabalhos pesados na roça e na serraria da família. Veio para a cidade aos 17 anos e só no ano de 2000, teve a oportunidade de pegar num violão e aos poucos foi aprendendo as primeiras notas musicas em revistas que um primo comprava nas bancas de jornal, e todos os dias ia à casa do primo em busca do violão para aprender a tocar.

Ainda no interior, Cley ouviu pela primeira vez Enrique Iglesias, numa fita kaset, e esse foi o seu primeiro contato com a música que se eternizou em sua memória. Iniciou sua carreira artística aos vinte e dois anos, tocando em bares e em 2010, na Amostra de Musica do Sescanta Amapá, alcançou o primeiro lugar com a canção “Clara”, de sua autoria com Jerônimo Barreto, o que lhe deu bagagem para participar do Femosic (Mostra de Música Cidade Canção).

Daí em diante o cantor Cley Lunna nunca mais parou de fazer canção em defesa da sua gente, participando de diversos festivais de músicas aqui no Amapá e em outros estados do país. Com um estilo jovem, moderno e compromissado com a temática do povo da Amazônia, ele está preparando o lançamento de seu 1º CD solo, com músicas inéditas, de sua própria autoria e de outros parceiros do cancioneiro brasileiro. Enquanto isso o povo tucuju aguarda mais um trabalho em sua homenagem.

Lamentável
Menos de um mês reinaugurada a Praça Veiga Cabral, Centro, já teve um dos banquinhos de concreto (área de jogos) quebrado.
É lamentável que ainda tenha pessoas com esse tipo de comportamento.

 “Estação Lunar”
Na quinta, 14, inicia o projeto Estação Lunar, no balneário de Fazendinha, como parte da programação cultural do Macapá verão 2016. Às 19h. Serão três eventos até o final de julho.
Atrações: Contação de História – O Saci Que Não Tinha Uma Perna Só; Show musical com Lula Jerônimo; Raízes do Bolão; Nonato Leal; Naldo Maranhão; Hanna Paulino; Grupo Senzalas e Finéias Nelluty.

Galeria
Bela atitude da prefeitura de Macapá em acrescentar uma galeria de arte na nova Praça Veiga Cabral.
Uma forma de valorizar a memória artística do povo tucuju.

Gravando
Banda amapaense “Macacos Pelados” entra em estúdio pra gravar sua primeira música.
 A direção musical e de Cléverson Baia. É a nova geração do cancioneiro tucuju entrando em cena.

Homenagem
Músico violonista Nonato Leal, será homenageado pelo projeto Estação Lunar, quinta, 14, no balneário de Fazendinha.
Será um artista a cada quinta-feira, até o final de julho, quando o evento encerra. Justa homenagem ao renomado artista.

Tambores
Já está rolando comentários que o GEA não tem recurso para investir no Encontro dos Tambores deste ano (novembro), na semana da consciência negra.
Comunidades e UNA terão que recorrer aos seus próprios cofres para realizar o evento ou outros parceiros.

Agenda
Consagrado cantor e compositor Zeca Baleiro, deverá fazer show em Macapá, em setembro.
Com participação de artistas amapaenses cantando nossas músicas. Aguardem.

Compromisso
Com ou sem aporte financeiro do poder público, comunidades negras e UNA, tem condições que realizar o Encontro dos Tambores, em novembro.
O compromisso com a cultura e com a história amapaense é maior do que qualquer situação.