Heraldo Almeida

Saga da Amazônia


O cantador e compositor brasileiro, Vital Farias, que nasceu no sítio Pedra D’Água, município de Taperoá, estado da Paraíba, expressa na canção Saga da Amazônia, todo seu sentimento de amor à Amazônia e conta para o mundo, através de música, o sofrimento daquele povo com o crime causado pelo homem sobre a natureza.

Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta, mata verde, céu azul, a mais imensa floresta, no fundo d’água as Iaras, caboclo lendas e mágoas e os rios puxando as águas.

Papagaios, periquitos, cuidavam de suas cores, os peixes singrando os rios, curumins cheios de amores, sorria o jurupari, uirapuru, seu porvir era: fauna, flora, frutos e flores. Toda mata tem caipora para a mata vigiar, veio caipora de fora para a mata definhar e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira.

Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar, prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá. O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? Depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar, igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar.

Mas o dragão continua a floresta devorar e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar? Corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá, tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura. No lugar que havia mata, hoje há perseguição. Grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão, castanheiro, seringueiro já viraram até peão, afora os que já morreram como ave-de-arribação. Zé de Nata tá de prova, naquele lugar tem cova, gente enterrada no chão: Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro, disse um castanheiro para um seringueiro que um estrange iro roubou seu lugar

Foi então que um violeiro chegando na região ficou tão penalizado que escreveu essa canção e talvez, desesperado com tanta devastação, pegou a primeira estrada, sem rumo, sem direção, com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa dentro do seu coração.
Aqui termina essa história para gente de valor, pra gente que tem memória, muita crença, muito amor, pra defender o que ainda resta, sem rodeio, sem aresta, era uma vez uma floresta na Linha do Equador.

 

  • Banzeiro

O projeto Banzeiro do Brilho-de-Fogo foi convidado pela Prefeitura de Macapá e participará no desfile de 5 de setembro (Dia da Raça), na av: FAB.
Os ensaios iniciam nesta sexta (16), na Praça Floriano Peixoto, às 19h.

 

  • Oficina

Dias 22 e 23 de agosto, na escola de música Walquíria Lima, vai acontecer a oficina de música, “Onde o Choro Encontra o Marabaixo”, com orientação do renomado músico e professor, Paulo Flores. As inscrições podem ser feitas pelo site www.brasilinstrumental.com.

 

  • Bregaço

Nesta sexta (16) tem Bregaço-Aço de Raiz na casa de shows Dona Antônia (av: Gal. Gurjão – Centro), às 21h, com Rodolfo Santos e Bena, recordando os maiores sucessos do brega. Informações: 99200-3533/98409-0611.

 

  • “Nós e Os Nus”

Domingo (18) será a abertura da exposição fotográfica, “Nós e Os Nus II”, dos artistas Adson Rodrigues, Eude Rocha, Jopaquina Araújo, Glauber Khan e Erich Macias, com curadoria do fotógrafo e Paulo Gil.
Na Galeria de Artes da Fortaleza de São José, às 18h, com entrada franca. A exposição vai encerrar no dia 30 de agosto.

 

  • Adoniran

O sambista Adoniran Barbosa é tema de painel sobre transmídia no Festival de Cinema de Gramado.
O documentário sobre a identidade por trás do sambista “Meu Nome é João Rubinato”, estreia nos cinemas este semestre. Justa homenagem.

 

  • No Rodapé

Nesta sexta (16) tem show do cantor Nivito Guedes, no Boteco do Rodapé (esquina da rua Hildemar Maia com a av: Presidente Vargas – Santa Rita), às 21h.

 

  • Tia Biló

Mais uma agenda musical, nesta sexta (16), e é no Sankofa Eco Casa (Orla do Araxá), a partir das 20h, com a Banda Tia Biló do cantor e compositor, Ozy Rodrigues.