Heraldo Almeida

Religiões afro-brasileiras e o sincretismo


Mediante o processo de colonização no Brasil, a Igreja Católica se colocava em um delicado dilema ao representar a religião oficial do espaço colonial. Em algumas situações, os clérigos tentavam reprimir as manifestações religiosas dos escravos e lhes impor o paradigma cristão. Em outras situações, preferiam fazer vista grossa aos cantos, batuques, danças e rezas ocorridas nas senzalas. Diversas vezes, os negros organizavam propositalmente suas manifestações em dias-santos ou durante outras festividades católicas.

Ao manterem suas tradições religiosas, muitas nações africanas alimentavam as antigas rivalidades contra outros grupos de negros atingidos pela escravidão. Aparentemente, a participação dos negros nas manifestações de origem católica poderia representar a conversão religiosa dessas populações e a perda de sua identidade. Contudo, muitos escravos, mesmo se reconhecendo como cristãos, não abandonaram a fé nos orixás, voduns e inquices oriundos de sua terra natal. Ao longo do tempo, a coexistência das crendices abriu campo para que novas experiências religiosas – dotadas de elementos africanos, cristãos e indígenas – fossem estruturadas no Brasil.
É a partir dessa situação que podemos compreender porque vários santos católicos equivalem a determinadas divindades de origem africana. Além disso, podemos compreender como vários dos deuses africanos percorrem religiões distintas. Na atualidade, não é muito difícil conhecer alguém que professe uma determinada religião, mas que se simpatize ou também frequente outras.

Dessa forma, observamos que o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira foi evidentemente marcado por uma série de negociações, trocas e incorporações. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que podemos ver a presença de equivalências e proximidades entre os cultos africanos e as outras religiões estabelecidas no Brasil, também temos uma série de particularidades que definem várias diferenças. Por fim, o sincretismo religioso acabou articulando uma experiência cultural própria. (Texto: Rainer Sousa)

 

 

CANDIRU: Também chamado de “canero” ou “peixe-vampiro”, é um peixe de água doce que pertence ao grupo comumente chamado de peixe-gato. Ele é encontrado no Rio Amazonas, no Rio Madeira e nos seus afluentes e tem uma reputação entre os nativos de ser o peixe mais temido naquelas águas, até mais que a piranha. A espécie cresce até dezoito centímetros e tem forma de enguia, tornando-o quase invisível na água.

 

 

Não, nunca mais
Eu vou querer uma paixão assim
A gente briga, a gente sofre, a gente cresce
Por amar, eu sei
Osmar Júnior

 

 

Fescam
Nesta terça (2) sai o resultado final da lista com os nomes das músicas classificadas para o 1º Festival da Canção Macapaense. Confira no site www.fumcult.macapa.ap.gov.br.

 

Campeã
Quadrilha junina Revelação é a campeã do 1º Festival Intermunicipal de Quadrilhas Juninas, realizado pela Liga Macapá, no domingo (31). Parabéns.

 

‘Setembro Samba’
Para comemorar os 30 anos do ‘Grupo Sambarte’, os sambistas e coordenadores, Carlos Pirú e Nonato Soledade, vão realizar no mês de setembro, o projeto ‘SS Setembro Samba’. Boa ideia.

 

Referência
A marabaixeira Del Marabaixo é uma grande referência na comunidade quilombola de Campina Grande, pelos belos projetos que realiza em prol da cultura tradicional do Amapá. Parabéns.

 

Pérola Negra
O concurso Pérola Negra está agendado para acontecer no dia 20 de novembro, com mais de 30 candidatas inscritas.
O coordenador e produtor, Ray Balieiro, reforça que o projeto tem o objetivo de valorizar a beleza negra amapaense.

 

Enredos
Liesap divulga os enredos das escolas de samba amapaense para o carnaval de 2022, com exceção da Unidos do Buritizal que não entregou na data prevista pela Liga (31/julho).
Emissários da Cegonha: O Novo Nascer a Cada Amanhecer, o Que Hoje é Impossível, Amanhã Poderá Não Ser; Maracatu da Favela: Resistência é Favelar; Império do Povo: A Vida é Um Moinho; Boêmios do Laguinho: Mestre Bené – O Rei da Boemia – O Bamba Fundador de Uma Nação; Piratas Estilizados: Estilizado de Alegria Te Convido a Festejar; Império da Zona Norte: Ilan Poeta, Ilan Menino, Ilan do Laguinho; Piratas da Batucada: Patrícia, Da Pátria Caboca; Embaixada de Samba: Heróis da Saúde; Império Solidariedade: Brasil, a Efígie da Omissão – Os Cinco Cavaleiros do Apocalípse.

 

‘Pretinha Criola’
Título de uma bela música de Finéias Nelluty, já tocando nas plataformas digitais e aprovada pelo público. Parabéns.