Heraldo Almeida

Tacacá: iguaria típica da Amazônia


O tacacá é uma iguaria da região amazônica, em particular do Pará, Acre, Amazonas, Rondônia e Amapá. É preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. O tucupi vem da tapioca (da qual se prepara a goma), são resultados da massa ralada da mandioca que, depois de prensada, resulta num líquido leitoso-amarelado. Após deixá-lo em repouso, a tapioca fica depositada no fundo do recipiente e o tucupi, na sua parte superior.

Sua origem é dos indígenas paraenses e, segundo Câmara Cascudo, deriva de um tipo de sopa indígena denominada ‘mani poi’. Câmara Cascudo diz que “Esse mani poí fez nascer os atuais tacacá, com caldo de peixe ou carne, alho, pimenta, sal, às vezes camarões secos.”

O tacacá não é considerado uma refeição. É uma espécie de bebida ou sopa, servida em cuias e vendida pelas ‘tacacazeiras’, geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades nortistas. Na hora de servir são misturados, na cuia, tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pimenta-de-cheiro a gosto.

O jambu é uma planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos típicos da região norte, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, o jambu deve ser ligeiramente aferventado em água com pouco sal.

O tacacá não pode faltar nos fins de tarde da população da Amazônia, e é tão significante, que os compositores da região incluem nos versos de suas canções, esse precioso alimento que já é cultural na vida do povo da região amazônica do Brasil.

 

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Fundação

A Seafro, que trata das políticas para afrodescendentes amapaenses, pode se transformar em uma Fundação.
O projeto já é de conhecimento do governador Waldez Góes, que deve encaminhar para a Assembleia Legislativa, ainda nesse primeiro semestre. Aluízio de Carvalho acredita que a AL não terá objeção para aprovação.

 

União

Seria importante para o resgate, fortalecimento e união do Movimento Negro do Amapá, se os coordenadores que estão a frente dos trabalhos do Centro de Cultura Negra e União dos Negros do Amapá, convidassem os representantes das comunidades para somar nesse novo propósito. #Semvaidade.

 

Perda

Professo, pesquisador, escritor e julgador do quesito Enredo, desde 2010, dos desfiles do Rio de Janeiro, Pérsio Gomyde Brasil, faleceu na quinta (14), vítima de complicações cardíacas.
Pérsio é autor do livro ‘Da Candelária à Apoteose – principal referência sobre os desfiles desde 1970’. #Luto.

 

Respiro

De 15 a 31 de janeiro, a partir das 20h, o Itaú Cultural exibe em seu site www.itaucultural.org.br a programação de encerramento do ‘Festival Arte Como Respiro’.
São 51 projetos contemplados dentro da série de editais de emergência realizados pela instituição, para apoiar artistas impactados pela suspensão social no contexto da pandemia da Covid-19. #ConfereLá.

 

‘Retalho’

Projeto Retalho lança o single ‘Noites Branca’, disponível nas plataformas digitais. O compositor Eduardo Camargo, autor da obra, diz que a música marca um novo momento do disco.

 

‘Lárica’

Título de uma nova música que o poeta Joãozinho compôs, para a cantora tucuju, Patrícia Bastos, em parceria com o compositor Cristovão Bastos.

 

‘Grito de Liberdade’

Música da cantora e compositora amapaense Rose Show, ‘Grito de Liberdade’. Uma canção no ritmo do marabaixo para valorizar a força, luta e conquista da mulher tucuju.
“Eu quero mudar, Amapá/Eu quero voar, Brasil/Eu sou mulher pra enfrentar, borboletas a mil…”.