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A batalha de Bolsonaro em jogo

Ulisses Laurindo – jornalista


Estou entre os centenas e milhares de articulistas do Brasil inteiro que, profissionalmente, analisam a posse do presidente Jair Bolsonaro que daqui a mais três dias estará no comando do gigante Brasil que carrega em sua história a divina anedota de quando do seu nascimento um santo indagou de Deus porque Ele estava distribuindo terra exagerada para determinado setor, vindo imediata a resposta de Deus para não se preocupar em relação ao povo que seria colocado naquele lugar.

Se o adjetivo de povinho que hoje frequenta a boca de alguns ateus não retrata o dom da população brasileira que vive com dignidade, generoso é o mais esteticamente perfeito entre todos.

A missão de Bolsonaro vai seguir os mesmos objetivos manifestados por muitos outros que dirigiram este país e que com boa fé e esperança tentaram, à sua maneira, elevar a Nação, igualando-a às maiores do mundo. Por razões diversas, alguns fracassaram ou foram levados ao fracasso, deixando a Nação parecendo uma republiqueta, para infelicidade de seu povo.

As falas e promessas do novo Presidente não destoam dos seus antecessores, ou seja, resolver os impasses que tolhem o progresso do Brasil. Não será o primeiro a pretender situar em pé de igualdade a flagrante desigualdade que desabonou a política desde os primórdios e que continua sem pano de fundo para melhor solução para resolver, por exemplo, os valores do salário mínimo do trabalhador, desigual e infame para garantir a sobrevivência de famílias.

A linha de atuação que Bolsonaro por necessidade vai desenvolver é por fim às estruturas carcomidas e viciadas de um poder sustentado pelos mais fortes, que não abrem mãos de pseudodireitos, em detrimento de muitos direitos legítimos.

Bolsonaro tem na agenda diversas reformas para igualar numa só corrente os direitos que são iguais, como reza a Constituição Federal. De agora se imagina a batalha em torno do que pretende com reformas política, tributária, previdenciária. Em muitas delas haverá defesa de interesses pessoais, sem sentimento nenhum em relação às áreas que precisam ser melhor atenditas, porque é racional que o equilíbrio da sociedade se fundamenta na igualdade de direitos.
A parte econômica do país fragilizada com déficits fiscais que fecham 2018 com o assombroso valor de R$ 148,1 bilhões, e uma dívida pública de R$ 90 trilhões, beirando quase 100% do PIB. Situações como essas se tornam prioritárias para que seja acionado Paulo Guedes, que se alia no sentido de buscar recursos através das privatizações de ativos brasileiros, maneira pela qual ativará a economia, criando bases para sepultar a triste estatística de desempregados, responsável inevitavelmente pela trágica violência no país.

Não se precisa de bola de cristal para adivinhar que os maiores obstáculos de Jair Bolsonaro não serão por em prática suas ideias, mas, sim, reconhecer os contrastes pela frente, idealizados por aqueles anônimos que sempre prevaleceram, prejudicando a caminhada do país, para levá-lo adiante, como disse Jânio Quadros, associando-se a forças ocultas.

Muitos, como eu, acreditam no presidente Jair Bolsonaro, que vai encontrar obstáculos para dobrar aqueles que só raciocinam em causa própria, sem pensar que o Brasil precisa da união de todos e ainda de muita solidariedade.


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