Arquibancadas vazias e quedas precoces: retrato do futebol amapaense após auge dos anos 90
Contraste entre passado de arquibancadas cheias e o presente de dificuldades exige reflexão e mudanças urgentes

Tarciso Franco
Narrador Esportivo
O futebol profissional do Amapá viveu seus maiores momentos de público no início da década de 1990. Os campeonatos estaduais de 1991, 1992 e 1993 ficaram marcados como os mais prestigiados da história, com estádios cheios, rivalidades acirradas e grande envolvimento popular. Naquele período, o Estadual era um verdadeiro evento esportivo e social, mobilizando torcedores e fortalecendo a identidade do futebol local.
A partir dos anos seguintes, porém, o cenário mudou de forma significativa. A queda de investimentos, a falta de planejamento estrutural, a diminuição da competitividade e o afastamento do torcedor contribuíram para o enfraquecimento da competição. Com o passar do tempo, o Campeonato Amapaense passou a figurar entre os estaduais de menor público e visibilidade do Brasil.
Este cenário negativo também se reflete nas competições nacionais. Em torneios como a Copa do Brasil, a Copa Verde e o Campeonato Brasileiro da Série D, os clubes amapaenses, na maioria das vezes, não conseguem avançar da primeira para a segunda fase, acumulando eliminações precoces e resultados que evidenciam o fracasso do futebol do estado em nível nacional.
O contraste entre o passado de arquibancadas cheias e o presente de dificuldades exige reflexão e mudanças urgentes. Resgatar a credibilidade do futebol local, investir na formação de atletas, fortalecer a gestão dos clubes e aproximar novamente o torcedor dos estádios são medidas fundamentais para que o futebol amapaense volte a ser competitivo e respeitado.
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