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As barreiras na pista de Bolsonaro

Diariamente, do Rio ou de Brasília chega sempre um pega sobre o novo presidente, alguns com opiniões favoráveis às suas inovações, e muitos divergentes, seguindo, o roteiro conhecido de que primeiro eu, depois os outros.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

Dispensável recorrer a Harry Houdini (1874/1926), maior ilusionista conhecido até hoje como o mais famoso, para calcular as barreiras que o presidente Jair Bolsonaro terá que ultrapassar para fazer de seu governo, pelo menos razoável, porque, até hoje, nesse longo período de república brasileira sempre houve autêntico e verdadeiro cabo de guerra que, quase sempre, prevalecia o lado menos positivo, que colocasse o Brasil aquém de sua real capacidade, apesar da potencialidade invejada por muitos.

Diariamente, do Rio ou de Brasília chega sempre um pega sobre o novo presidente, alguns com opiniões favoráveis às suas inovações, e muitos divergentes, seguindo, o roteiro conhecido de que primeiro eu, depois os outros.

As primeiras declarações de Bolsonaro corre as suspeitas de que ele o fez por imaturidade e, com isso, deu motivo aos adversários do país de lançar sobre sua capacidade para gerir um gigante. Considera-se porém, que as mudanças propostas eram frutos de amadurecimento de 24 anos de parlamento e que urgia um novo caminho. A propalada extinção ou unificação do Ministério do Trabalho criou embaraço para as demais decisões, visando o extermínio de ações que nada produzem de benefícios, e o resultado todos conhecem, desemprego, principal falha na violência generalizada no país inteiro. Por certo, e isso ele e seus assessores concluíram, que o melhor é ficar calado e só divulgar novas estratégias quando estiver absolutamente convencido de sua eficácia, não para beneficiar grupos, mas para estender benefícios para uma população, acima de 200 milhões.

Outro abalo nas declarações de Bolsonaro foi o conhecimento do seu pensamento ao programa Mais Médico, em parceria com a Ilha de Cuba.

Claro que foram opiniões divergentes logo rebatidas pelo presidente, mostrando que o programa trazia, em si cláusulas que suscitavam desacordo, por exemplo, salários atribuídos ao profissional, apenas 30% ficava em seu poder e os restantes 70%, eram enviados à Havana, para o governo, que consta repassava para entidades que justificavam o desvio. Custa crer que o novo presidente desconhecesse a verdadeira origem dos repasses e anunciasse a discordância com o programa. Estão assim, iniciadas as barreiras, que muitos vão duelar sem entender que o país precisa de nova sistemática política.

Quando Bolsonaro venceu as eleições de 2018, carregou consigo a confiança da maioria do povo brasileiro, que estava cansado do sistema em que a falcatrua era o principal mote e que norteava toda a história econômica e,por isso, quase estamos no fundo do poço.Demorasse mais, seria certo o caos. Veio Bolsonaro e, com ele, a esperança do povo num país que respeitasse as normas da decência e que o roubo fosse abolido, por ser contrário a tudo que se projeta para o progresso.

Então, o melhor caminho a seguir é confiar no destino que se espera e que seja dado pela nova política de Brasília, porque, ninguém mesmo, estava satisfeito com Brasil dos últimos 13 anos e meio que desrespeitava tratados de extradição, permitindo a criminosos viverem no Brasil apenas a troco da sustentação do ego, em detrimento das leis vigentes.


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