Até quando essa situação irá perdurar?
O exorbitante aumento dos preços dos alimentos em nosso país tem afetado a vida do cidadão comum. A cada ida ao mercado, percebemos que o poder de compra está cada vez mais reduzido, e itens essenciais à nossa sobrevivência estão se tornando artigos de luxo. O que antes era básico, agora pesa no bolso de todos. O café, tão presente na mesa do brasileiro, viu seus preços dispararem. O ovo, alternativa muitas vezes mais acessível à carne, segue a mesma tendência, encarecendo a dieta das famílias. O arroz, o feijão, o óleo de cozinha, o pão – produtos que fazem parte da cultura alimentar do nosso povo – estão cada vez mais caros.

Acácio Favacho (MDB – AP)
Deputado
No Amapá, a crise se manifesta de maneira ainda mais severa. Devido à sua localização geográfica e à dependência de transporte para abastecimento de produtos, os preços no estado frequentemente são ainda mais elevados em comparação com outras regiões do país. A dificuldade de logística e o alto custo do frete estão tornando os alimentos básicos ainda mais caros e inacessíveis para muitas famílias amapaenses. A população, que já enfrenta desafios relacionados à infraestrutura e ao desenvolvimento econômico, sofre ainda mais com o aumento da insegurança alimentar.
O impacto desse aumento é devastador. Famílias precisam fazer escolhas difíceis entre colocar comida na mesa ou pagar outras despesas básicas. Pequenos comerciantes sofrem para manter seus negócios, pois a alta nos preços dos insumos torna inviável a manutenção dos seus serviços sem repassar esses custos para o consumidor. Os produtores enfrentam dificuldades com o aumento do custo de produção, transporte e insumos, o que agrava ainda mais a situação.
Diante desse cenário, é fundamental que medidas sejam adotadas. O governo precisa intervir de forma eficaz, fiscalizando abusos, incentivando a produção nacional e garantindo subsídios para os pequenos produtores. Além disso, é urgente uma política econômica que estabilize os preços e impeça que a inflação corroa ainda mais o salário dos trabalhadores.
Não podemos aceitar que o básico se torne privilégio. Não podemos permitir que o alimento – um direito fundamental – seja tratado como uma mercadoria de luxo, inacessível para muitos. Precisamos de ações concretas, de união e de pressão para que essa realidade seja transformada.
No Congresso Nacional, temos buscado apoiar todas as políticas econômicas que visam melhorar a vida dos brasileiros. Aprovamos a reforma tributária, projetada para economizar R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos, e que é considerada essencial para manter a responsabilidade fiscal e melhorar as perspectivas econômicas para 2025. Também podemos citar, como exemplo, o programa Desenrola Brasil, com o objetivo de renegociar dívidas de pessoas físicas inadimplentes, facilitando o acesso ao crédito e reduzindo o endividamento. O programa foi dividido em duas fases, abrangendo dívidas bancárias e não bancárias, e contou com a participação do governo federal, devedores, credores e agentes financeiros. Em outubro de 2023, 81% dos brasileiros endividados aprovaram as medidas implementadas.
Essas iniciativas refletem o compromisso do Congresso Nacional em promover medidas que busquem a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável do Brasil. Nós, brasileiros, somos um povo resiliente, mas não podemos ser reféns de um sistema que torna cada vez mais difícil nossa sobrevivência. Vamos cobrar dos governantes, exigir soluções e, juntos, lutar por um país onde todos possam ter o direito de se alimentar com dignidade.
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