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Impeachment como solução

Ruy GuaranyArticulista A nova etapa da operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal e amplamente divulgada pela imprensa escrita e televisiva, mostra, em detalhes, a roubalheira que aconteceu na Petrobras durante os governos Lula e Dilma. Segundo a opinião de analistas abalizados, já pode ser considerada como a maior do mundo. O dinheiro desviado da […]


Ruy Guarany
Articulista

A nova etapa da operação Lava Jato, desencadeada pela Polícia Federal e amplamente divulgada pela imprensa escrita e televisiva, mostra, em detalhes, a roubalheira que aconteceu na Petrobras durante os governos Lula e Dilma. Segundo a opinião de analistas abalizados, já pode ser considerada como a maior do mundo.

O dinheiro desviado da empresa para favorecer o PT e outros apaniguados do governo petista soma bilhões de dólares difíceis de serem totalmente recuperados.

Diante desse manancial de corrupção, envolvendo diretores, empresas e partidos políticos como beneficiários de milhões de dólares, a título de propina, não dá para acreditar que o ex presidente Lula e a presidente Dilma Roussef não tinham conhecimento do mar de lama que levou ao descrédito a empresa estatal que a partir da sua criação, em 1943, já se apresentava como patrimônio do povo brasileiro.

Hoje, a sociedade brasileira ciente da importância que a Petrobras representa para o país, repudia as ações delituosas por corruptos contra o maior patrimônio nacional.
Por questão de sigilo, para não prejudicar as investigações, o número total e nomes dos políticos que se beneficiaram do escandaloso desvio de recursos da Petrobras ainda não foram divulgados. Mas um dos procuradores do Ministério Público, que atua na apuração dos fatos, ao ser indagado pela imprensa, disse apenas: “É o apocalipse”, dando a entender que esse número é assustador.

A sociedade brasileira acompanha atentamente o desenrolar da operação Lava Jato, confiante de que os corruptos e corruptores sejam colocados atrás das grades, a exemplo do que aconteceu com os envolvidos no escândalo do mensalão.

As tentativas do Palácio do Planalto, para barrar a criação de uma CPI, na Câmara dos Deputados, com a missão de investigar a Patrobras, não surtiram efeito, já que deputados integrantes da base aliada do governo assinaram o documento, seguindo as pregações do presidente da Casa, Eduardo Cunha, de tornar o Legislativo independente e livre de pressões.

A oposição crescente, a imprensa vigilante e o descontentamento popular diante de medidas extorsivas ao bolso do consumidor, e protecionistas aos “camaradas” do PT, sob investigação da Lava Jato, fez despencar a avaliação do governo petista, para apenas 20%.

A arregimentação de forças contra o “estado de coisas” gerado por um governo que se perdeu a si mesmo e a ideia do impeachment da presidente Dilma Roussef se massificam e poderão se efetivar como forma de evitar uma crise política de grandes proporções, que colocaria em risco a estabilidade democrática conquistada com suor e lágrimas pelo povo brasileiro.


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