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O fim está próximo

Em seu discurso na ONU, Dilma Roussef se referiu apenas à grave crise brasileira, evitando falar em golpe, certa de que poderia cair no ridículo.


Ao retornar dos Estado Unidos, após participar da reunião convocada pela ONU, para a assinatura do Protocolo de Paris, que trata da questão climática, a presidente Dilma Roussef voltou a fazer uso da pouca munição que resta na sua ‘metralhadora’ giratória, para atingir Deus e o mundo, poupando apenas o Diabo, o qual invocou durante a campanha eleitoral.

Em seu discurso na ONU, Dilma Roussef se referiu apenas à grave crise brasileira, evitando falar em golpe, certa de que poderia cair no ridículo. Até porque, apesar das tentativas de convencer os jornalistas estrangeiros credenciados no Brasil, de que estaria sendo vítima de um Golpe de Estado, a imprensa internacional vem se mostrando relutante em relação ao que acontece em nosso país.

O jornal francês Le Parisien, por exemplo, em editorial sob o título ‘Le Bordel Brasilien’ ( A BAGUNÇA BRASILEIRA), não poupa críticas ao retrocesso registrado no governo do PT. Críticas também publicadas pelo jornal Le Mond, por causa do abandono da ponte binacional, pelo governo brasileiro.

Convicta de que não conta com o apoio parlamentar e da sociedade, a Presidente vai mais além ao criticar o Supremo Tribunal Federal, por causa das declarações dos ministros Celso de Melo, Gilmar Mendes e Dias Tofoli que, longe de tomarem posição pro ou contra ao impeachment, concentraram apenas nos ritos e na Constituição que, para os ministros, vêm sendo cumpridos religiosamente.

Sabendo-se que Dilma Roussef está sendo submetida a um julgamento político, dificilmente conseguirá reverter a decisão tomada pelo Poder Legislativo, respaldada em provas que não deixam dúvidas quanto à adoção de medidas à revelia da lei. Significa dizer que está chegando ao fim um governo de coalizão que, mais uma vez, não deu certo.


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