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O gênio Orson Welles

O gênio não se faz por decreto ou por simples vontade, mas sim produto das ontológicas concepções no campo do heliocentrismo, as leis da relatividade e da gravidade, das pinturas, das metrópolis, das artes, e de outras concepções soberbas desde longínquas eras e preservadas para outras tantas.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

Bilhões de pessoas no mundo inteiro convivem com o pensamento das obras dos gênios que povoam a humanidade, lembrando diariamente dos mestres das criações humanas. Milhões desses sublimes gênios, contudo, considerados iguais, pois na grandeza se equivalem em suas obras, que emolduram o eterno dos seres na terra.

São reconhecidas as lições de Platão, Aristóteles, Da Vinci, Descartes, Michelangelo, Copérnico, Beethoven, Newton, Jesus Cristo, Karl Marx, Santos Dumont, Niemeyer, Shakespeare, Sócrates, com espaços reservados para outras centenas e milhares de nomes que tornaram a vida das pessoas mais alegre.

O gênio não se faz por decreto ou por simples vontade, mas sim produto das ontológicas concepções no campo do heliocentrismo, as leis da relatividade e da gravidade, das pinturas, das metrópolis, das artes, e de outras concepções soberbas desde longínquas eras e preservadas para outras tantas.

Disse que o gênio não se faz por decreto, mas pelo valor das obras. No século 20, o cineasta norte-americano Orson Welles (1915/1985), cujo centenário de nascimento ocorreu no dia 15 de outubro passado, pode, sem favor figurar ao lado dos grandes gênios da humanidade. . Welles inscreveu seu nome entre os grandes com a realização do filme Cidadão Kane, obra que o deixa ao nível de outros mestres em todas as áreas.

O filme Cidadão Kane foi exibido em 1941, quando Welles tinha menos 25 anos de idade, e nesses 78 anos permanece como obra singular aceita por muitos como sendo o maior tributo ao cinema em todos os tempos.

O filme conta a história do magnata William Randolf Hearst, proprietário de um império jornalístico de 28 jornais e 18 revistas nos Estados Unidos e, que, apesar de tanto poder, terminou recluso, infeliz e sozinho em sua mansão.

Orson Welles tinha problema com a censura do seu país, devido aos seus passos criativos. Num programa radiofônico, provocou pânico e histeria no povo, quando simulou o avanço de extra-terrestres na terra, extraindo esse lado da obra de H.G. Welles.

Cidadão Kane narra o conflito de Hearst e sua infelicidade. Welles escreveu o roteiro, dirigiu as cenas e foi o personagem principal com o nome de Charles Foster Kane. Naquele ano foi indicado para nove prêmios do Oscar, ganhando os principais, de melhor filme, diretor e ator. Avaliando o filme em 1998, a empresa American Film classificou “Cidadão Kane”, como o maior de todos os tempos

A genialidade de Orson Welles não é só enaltecida por Cidadão Kane, como também por personagens shakesperianos, encarnando Otelo e Macbeth. A cena final de Cidadão Kane decorrido tantos anos ainda dura como um enigma sobre a palavra Rosebud, na cena final. Houve livro tratando de descobrir o que quis dizer Hearst.
O que se especula é sobre o delírio e a tristeza de um homem quase dono do mundo, mas com vida pessoal extremamente ruim, inclusive com problemas conjugais.
A descoberta mais próxima do significado da palavra é a ideia de que Hearst tenha lembrado do tempo de criança, quando brincava com um trenó onde tinha a palavra Rosebud. Essa é a conclusão mais próxima dos cinéfilos, de que, nessa face da vida ele era feliz.


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