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Oposição, a guerra maior de Bolsonaro

É alerta oportuno no instante que se precisa novos de rumos no destino do país.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

ois pontos divergentes se chocam nesse período inicial de transição para o governo Jair Bolsonaro. Antes mesmo de acertadas as primeiras lanças, já se forma velada oposição que se projeta como o costumeiro embate do governo eleito e de quem pensa diferente, sem atinar no Brasil. Na história política brasileira, esta sempre foi a temática dos parlamentares quando defendem seus pontos de vistas, desprezando a noção de coletividade, que fica reduzida a expressão menor, sem qualquer preocupação de estabilidade do país, que sempre viveu, e muito mais agora, longe de sua potencialidade, exibindo índices desprezíveis na escala de valores que posiciona a grandeza de cada nação. O otimismo acerca de um país estável no tocante à segurança foi dado pelo presidente Jair Bolsonaro que afirmou “que na democracia o norte é a Constituição”pensamento que derruba o temor de o país estava na iminência de regime de força, expressão que, ao contrário, sinaliza a necessidade de união de vida melhor para a população.

O senador Randolfe Rodrigues, expressão nacional, sentindo a urgência de congraçamento e formação de uma agenda para retomada do crescimento do país, considerou de alta responsabilidade as votações que aumentem o gasto diante do delicado momento da economia e das altas taxas de desemprego.

É alerta oportuno no instante que se precisa novos de rumos no destino do país. Convém lembrar o primeiro parágrafo desse artigo, de que os governos sempre viveram se debatendo com as oposições, que só enxergavam direitos, relegando os deveres para depois.

O governo Bolsonaro ou outro, por mais intencionado e preparado que esteja, não vai avante se, como já disse – só prevalecer a pauta constituindo direitos. Não fosse assim, a maioria das reformas que o país precisa estaria aprovada e os problemas que afetam o povo já não existiam, valendo lembrar o que disse o sociólogo Darci Ribeiro, na década de 80, de que, se o Brasil não ordenasse uma política acertada para orientar a juventude, principalmente na esfera escolar, certo, teria em pouco tempo, legiões de flanelinhas.

Lembram-se da questão da maioridade penal, considerada cláusula pétrea da Constituição de 1988. Para reduzir de 18 para 16 anos, uma PEC está no Congresso desde 1993 e, apesar de sua relevância, foi debatida a espera que seus opositores entendam o grau de beneficio para a sociedade. Embora não possa responder por crimes cometidos, com penalidade específica, o jovem menor de 16 anos pode votar em eleições do país, desde que complete a idade no ano do pleito.E daí ?

Muitas outras reformas estão na ordem do dia e, como sempre, esbarram no interesse pessoal de parlamentares que não querem mudanças, e muitas das vezes, colocam-se de costas para tudo que signifique avanço. A reforma da previdência é outra lembrança que deixa bem viva a guerra que governo e oposição travarão.

E ainda falta falar de reforma tributária e política. A primeira levando o Brasil a ser o Brasil líder na cobrança de impostos, mas, ser o pior de todos ao oferecer, em troca, o peso do ouro arrecadado para benefícios da população. E reforma a política? Bolsonaro confia que vai reduzir o número de partidos. É bom ele confiar, mas terá que dialogar muito com interessados na manutenção dessas dezenas de partidos. Para quem não votou em Bolsonaro e esperava que suas primeiras ações fossem de pegadas de forças, mas se surpreendeu. O seu tom foi light.


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