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Palmeiras, torcedor e futebol, os campeões

A não foi só no Rio. O Fortaleza encheu a Arena Castelão, provando o genuino gosto e o prazer de se comprimir nas arquibancadas e gritar em pleno pulmões, os gols e outra maravilha de jogada.


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

A festa de domingo, 2, no encerramento do Brasileirão 2019, não foi a coroação do Palmeiras como o campeão nacional, mas também, a convicção de que o futebol faz parte do hábito do torcedor brasileiro, acompanhando com alegria a rotina de seus clubes de coração, como aconteceu em vários estádios do Brasil neste dia, aonde, além do desejo da vitória querido clube de coração, queria testemunhar de perto seus ídolos, independente da conquista em jogo. E um fato inusitado: quando da presença de um chefe da Nação fundamenta-se em visita protocolar, diferente do domingo, em que um cidadão se misturou entre os torcedores comuns e vibrou pela vitória do clube de preferência. Isso fica anotado na agenda de Jair Bolsonaro.

A partida entre Flamengo e Atlético Paranaense, sábado, 01, à noite, no Maracanã, teve mais de 60 mil pagantes, sem que estivesse em jogo disputa de troféu, ou outra honraria, como prova da inestimável conclusão de que futebol está no integrado definitivamente no DNA do povo brasileiro. E não foi só no Maracanã que explodiu o grito nas arquibancadas. Quem viu pela Tv, em Fortaleza Ceará e Vasco concluiu que é gosto natural pelo esporte e ao futebol, que movimentam multidões nos estádios, e com atenuante que independe de decisão e, sim, apenas pelo prazer de aplaudir seus quase Deus e heróis.

A não foi só no Rio. O Fortaleza encheu a Arena Castelão, provando o genuino gosto e o prazer de se comprimir nas arquibancadas e gritar em pleno pulmões, os gols e outra maravilha de jogada. E o jogo do Grêmio que lotou também sua arena para ver seus jogadores campeões, contra o grande Corinthians. E não parou aí o festival dos torcedores e seu amor ao futebol. Rio, o Fluminense, no domingo abarrotou o Maracanã com quase 40 mil torcedores, que, afinal, saíram satisfeitos, com a vitória tricolor sobre o América, resultado que possibilitou continuar na Série A. Na 38ª rodada, em seus oito jogos, o panorama em relação ao público foi a comprovação de que futebol faz parte do cotidiano do brasileiro.

Cabe, agora, então uma palavrinha dirigida aos dirigentes brasileiros. A primeira regra no futebol moderno é considerar que não existe mais o regime amadorista no trato dos assuntos vigentes, como era no passado. Grandes clubes e o Brasil está cheio deles, tem que ser tratado como empresas, sem espaço para a presença de dirigentes que não estejam integrados na política esportiva, tendo, como regras primeira, a decência no trato das finanças da agremiação.

Nos últimos anos, os torcedores, aqueles apaixonados pelos clubes, transferem a mesma garra para as seleções nacionais e, ao final, acabam entretecidos não apenas pelas derrotas em campo, mas, nas artimanhas dos gabinetes, comandados por amadores e, pior desonestos. Então chegou a hora de mudanças no comportamento dos dirigentes, com a obrigação de desenvolverem com carinho o amor pelo futebol.

O Brasil é penta campeão mundial e no dia em houver seriedade na preparação, principalmente em relação aos jogadores, que viram comercio nas mãos de pseudos dirigentes.

É importante ressaltar que dois dias depois de terminado o mais importante torneio do país, que se tome consciência de que futebol não pode ser tratado como produto vulgar, porque é muito sério junto ao povo, que o ama.


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