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Paz, prioridade no Brasil

Ulisses Laurindo – Jornalista Articulista Não existe um caminho para a paz; a paz é o caminho. A nobreza da paz e seus efeitos no cidadão vivem tristes e mergulhados em dúvidas que o faz perder a capacidade como ser humano da noção da lógica que precipita a sua existência a chocar-se em dimensão sem […]


Ulisses Laurindo – Jornalista
Articulista

Não existe um caminho para a paz; a paz é o caminho. A nobreza da paz e seus efeitos no cidadão vivem tristes e mergulhados em dúvidas que o faz perder a capacidade como ser humano da noção da lógica que precipita a sua existência a chocar-se em dimensão sem retorno.

A internet colocou o mundo dentro das casas, jorrando a maldição de guerras dos diversos cantos da terra, condicionando a beleza de nascer à simples condição de pequeno átomo, tal o desprezo de contra tudo e contra todos. Calculem quantas almas já foram sacrificadas nas guerras da Síria, do Iraque e tantos outros de igual ferocidade.

O breve intróito serve para deliberadamente chegar ao nosso Brasil. O que se originou na mente de parte da população brasileira, um povo abençoado por Deus? O levantamento de algumas décadas nos revela que a história do país registrou apenas conflitos episódicos de cangaços e de futricas regionais, sem omitir o episódio do Carandiru, mancha permanente no diário policial. Nunca, jamais, com o retrato da violência atual, centros urbanos, repetidos diariamente no país inteiro.

Issac Newton (1642/1727) estabeleceu que “a toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade”. É o fenômeno da causa e efeito, o carma do budismo. As causas não foram vistas no momento certo e recrudesceram para sofrimento de milhões de brasileiros que, paralelamente, foram enganados por promessas, e os efeitos vieram naturalmente.

Historicamente, o Brasil jamais foi um país violento, sendo amado pelo espírito conciliatório de um povo feliz. De repente, houve algo que alterou o temperamento de uma população que sempre curtia o sol brasileiro. A causa, não se precisa ir muito para identificar que foi a anarquia do modelo político, das últimas décadas, em que a harmonia cedeu lugar à discórdia. Para o desequilíbrio foi apenas um pulo, e o resultado é o que vemos hoje, sob o ponto de vista administrativo, o caos.

Quando a violência começou de mansinho nos lotados presídios brasileiros muita gente considerava o início do levante que, mais tarde, seria como um rolo compressor, dificil de ser controlado. Imaginar que forças marginais dividam poderes com as autoridades, como ocorre agora, resultaria no que se vê hoje de dentro dos guetos condenados, substituindo a força da lei, pronta para defender a ordem.

Quando do início da avançada dos bandidos, dizemos que grassava uma moléstia infecciosa. O pânico está instalado nos estados brasileiros, e a solução é aguardar providências que virão do novo governo em 2019. A esperança é a última que morre, então o certo é esperar. Mas o grave é que o povo, que é a mola para as reformas, está descrente e, como milagre não existe, o correto é rezar e acreditar que o povo entenda o difícil caminho e faça como está escrito no início deste artigo: não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho.


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