Cidades

Ação humanitária: Governo envia mais uma balsa com 100 mil litros de água potável para o Bailique

Esta é a segunda ação que leva água potável para famílias que sofrem com o processo de salinização do rio. Força-tarefa prevê o envio de 500 mil litros do produto nos próximos dias.


O Governo do Estado enviou neste sábado, 23, mais 100 mil litros de água potável aos moradores do arquipélago do Bailique – distrito de Macapá que sofre a salinização da água do Rio Amazonas.

Esta é a segunda ação realizada pela força-tarefa montada pelo Estado para levar água potável a população que sofre com os impactos causados pelo fenômeno natural. Na terça-feira, 22, o Executivo estadual abasteceu o distrito com 100 mil litros do produto. Os 200 mil litros de água enviados fazem parte de um total de 500 mil litros que são previstos de chegarem na região ainda nos próximos dias.

O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Wagner Coelho, explica que as ações humanitárias avançaram com o decreto de estado de emergência, assinado pelo governador do Amapá, Waldez Góes na última quinta-feira, 21.

“O Governo do Estado presta assistência às famílias que estão sendo afetadas nesse momento difícil por causa do fenômeno natural. São várias instituições estaduais envolvidas nesta força-tarefa, como a Defesa Civil, Caesa, SIMS e outras. Estamos fazendo o possível para garantir dignidade às pessoas que vivem no arquipélago.”, ressaltou Coelho.

 

Tratamento de água

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) enviou, neste sábado, um sistema de filtragem para auxiliar, temporariamente, na manutenção da qualidade da água.

Para abastecer o distrito de forma definitiva, o governo trabalha na instalação de uma Estação de Tratamento de Água. A estrutura será capaz de produzir 10 mil litros por hora e será inserida em uma balsa que também receberá uma bomba de captação. A logística da operação consiste em extrair água do rio em pontos próximos ao Bailique que ainda não foram atingidos pela salinização.

 

Terras Caídas

O avanço do mar sobre os leitos dos rios causa da salinização da água na região. A crise é monitorada pelas equipes do Governo do Estado junto de outro fenômeno chamado “terras caídas”.

Esse fenômeno é caracterizado pela erosão que provoca o avanço de sedimentos da margem para os leitos de água e o desmoronamento do solo, ameaçando também a integridade de estruturas, como casas e edificações públicas.

Desde 2015 um grupo de trabalho permanente é comandado pela Defesa Civil Estadual, que com apoio de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) e outras instituições, realizam estudos e prestam assistência à população da região afetada.

 

Fotos georreferenciadas

A Defesa Civil e o Iepa conduzem um trabalho de fotos georreferenciadas das comunidades para levantar informações sobre como as estruturas do arquipélago têm sido afetadas pelos fenômenos da erosão (Terras Caídas) e a salinização.

Este registro inclui dados precisos de localização geográfica. O levantamento será fundamental para desenvolver novas políticas públicas voltadas para o Bailique, de acordo com as mudanças que região atravessa.


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