Cidades

Afap anuncia ter liberado mais de R$2,8 milhões em financiamentos este ano

Segundo a agência, a linha Amapá Solidário (Amasol), que proporciona financiamentos de até R$ 6 mil reais, teve o maior número de operações: 186, o que corresponde a 19,49% dos financiamentos com recursos próprios e um montante de R$ 550.126,94.


PAULO SILVA
DA REDAÇÃO

Agência de Fomento do Amapá (Afap) informou que, mesmo diante da crise econômica, liberou R$ 2.822 milhões para 443 empreendedores amapaenses, até julho deste ano. Do montante, R$ 1.175 milhão são de recursos próprios, o que corresponde a 41,63% do total de financiado e R$ 1.647 milhão, ou seja, 58,37% são oriundos dos fundos administrados pela agência.

Segundo a agência, a linha Amapá Solidário (Amasol), que proporciona financiamentos de até R$ 6 mil reais, teve o maior número de operações: 186, o que corresponde a 19,49% dos financiamentos com recursos próprios e um montante de R$ 550.126,94.

Para a direção da Afap, o valor liberado, em 2016, é muito expressivo, considerando a crise nacional, mesmo sendo inferior ao volume de 2015. A queda se dá, principalmente, pelo fato de que boa parte das pessoas que hoje procuram a Afap está negativada nos órgãos de proteção ao crédito e impedida de acessar financiamentos.

Dados do SPC Brasil apontam que, até o final de maio de 2016, havia um total de 59,25 milhões de pessoas físicas negativadas no país. O número representa 39,91% da população com idade entre 18 e 95 anos. Frente à estimativa anterior, que mostrou 59,2 milhões de consumidores inadimplentes em abril, 50 mil novos brasileiros passaram a fazer parte das listas de inadimplência.

“A região Norte tem o maior índice de inadimplência do Brasil. Segundo o SPC, hoje são 5,38 milhões de pessoas negativadas. Isso significa que mais de 47% da população adulta está com restrição. É um dado que também é reflexo da crise. Sem dinheiro, as pessoas estão deixando de pagar as suas dívidas”, diz o presidente da Afap Francisco de Assis Costa.

Outra razão apontada por Assis, para a queda no número de financiamentos, é a aplicação de regras mais rígidas ditadas pelo Banco Central para liberação de crédito.

“O governo do Amapá é o único acionista da Afap, mas ela é regulada pelo Banco Central. E o BC determina que a instituição priorize a qualidade dos financiamentos e não só a quantidade. Por isso, hoje há um rigor maior na liberação dos créditos. Não só para garantir o retorno do investimento, mas também para evitar que o empreendedor contraia uma dívida que não possa pagar e passe a engrossar a estatística dos devedores”, explica Assis.

Apesar do cenário desfavorável, a Afap afirma que tem feito captação de novos clientes com ações itinerantes em todo o Amapá, além de colocar em prática uma grande ação de recuperação de crédito.

“Os tempos são difíceis, mas nós continuamos firmes na missão de fomentar o empreendedorismo. Qualquer pessoa que precise de financiamento, e que se enquadre dentro das exigências da Afap, certamente será atendida. O que nós queremos ver é o empreendedor prosperando e a nossa economia voltando a crescer”, finaliza.


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