Cidades

Agosto Verde traz alerta de prevenção à Leishmaniose

Também conhecida como calazar, doença não tem cura e afeta animais e humanos.


Para quem convive com cães, é bem provável que já tenha se entristecido com casos de morte por leishmaniose visceral canina. A enfermidade, popularmente conhecida como Calazar, é um tipo de zoonose que pode acometer animais e seres humanos. A contaminação ocorre por meio da picada do mosquito-palha, inseto predominante em regiões quentes e úmidas, proveniente da família das moscas, porém pequeno como uma pulga.

Como explica a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora Nayma Picanço, explica mais sobre a transmissão. “A doença é causada por um protozoário que ataca o sistema imunológico de cachorros e humanos e, se não tratada, pode ser fatal em até 95% dos casos, depois de atingir baço, fígado e nódulos linfáticos”, pontua.

“O mosquito-palha também se alimenta de matéria orgânica em decomposição, então pode estar presente em áreas com folhas, frutos e lixos, assim como fezes de animais. Para identificá-los, é preciso observar sua pigmentação, que varia entre o amarelo e a cor de palha, e seu comportamento, pois é um inseto que mantém as asas eretas e semiabertas mesmo em repouso”, completa.

Após serem picadospor uma fêmea infectada, oscães se tornam um reservatório do protozoário Leishmania. O mesmo pode acontecer quando o inseto, vetor da leishmaniose, picar um ser humano.

Não há cura para a doença, portanto, as formas de prevenção envolvem distanciamento de áreas com maior incidência dos mosquitos transmissores, geralmente ambientes rurais, uso de roupas com mangas e repelentes, orienta a professora da Anhanguera.

 

De modo geral, segundo a médica veterinária, é importante observar os pets caso eles apresentem o seguinte conjunto de sintomas:
• Enfraquecimento do pelo;
• Ferida no focinho, orelhas e região dos olhos;
• Apatia;
• Crescimento anormal das unhas;
• Perda de peso, emagrecimento progressivo e anorexia;
• Aumento do volume abdominal;
• Paralisia dos membros.

O diagnóstico da leishmaniose ocorre de duas maneiras. A mais comum é pela sorologia – procurando a reação do organismo à presença do agente e a segunda, também eficaz, é a citologia, que rastreia o próprio parasita.

“É possível fazer o tratamento dos cães contaminados, com remédios modernos e eficazes. Vale lembrar, no entanto, que o calazar ainda é uma doença extremamente perigosa. É necessário cuidar dos problemas pontuais do cão infectado, como as feridas de pele e perda de peso que surgem com o avanço da enfermidade. O tratamento deverá ser acompanhado de perto por um médico-veterinário de confiança ao longo de toda a vida do cachorro”, destaca.


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