Cidades

Amapá não tem dia “D” de vacinação contra a gripe neste sábado

Por haver antecipado a vacinação, o estado do Amapá não tem neste sábado (30/4) o dia “D” de imunicação contra a gripe Influenza causada pelo vírus H1N1.


A vacinação no estado segue normal com o que ainda resta das doses enviadas antecipadamente pelo Ministério da Saúde (MS). 

Em todo o país, 22 estados da federação, incluindo o Amapá, adiantaram suas vacinações. De acordo com o Ministério da Saúde, o Amapá recebeu 177.100 doses de vacina para atender um público-alvo de 165.484 pessoas.

A campanha, aberta oficialmente neste sábado, vai até o dia 20 de maio. Devem tomar a vacina pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de vacinação. 

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. 

Como 22 estados da federação adiantaram suas vacinações, o ministério está orientando a população a procurar as unidades básicas de saúde e a secretaria municipal de sua cidade para verificar se, neste sábado, estarão em funcionamento. Muitos desses municípios, que já anteciparam a campanha, estão com altas coberturas vacinais, e podem considerar que não há necessidade de manter as unidades abertas no dia “D”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.  

A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. “Temos milhões de pessoas vacinadas, não só no Brasil, mas no mundo. Esta é uma vacina de vírus inativado, desta forma não tem capacidade de ocasionar um quadro gripal. O que pode ocorrer é que a pessoa, ao receber a vacina, coincidentemente, pode ter sido acometida por outros tipos de vírus em circulação e que não estão incluídos na vacina, inclusive aqueles que causam resfriados”, explicou a coordenadora Carla Domingues.  

No Amapá, o governo do estado informou que quase 140 mil pessoas do grupo de risco foram vacinadas contra o vírus Influenza H1N1. Todos os 16 municípios anteciparam a campanha vacinal, mas apenas o município de Cutias conseguiu vacinar 100% do seu grupo.Ao todo 63. 577 crianças, 14.866 trabalhadores da saúde, 12.173 gestantes, 2002 puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias), 458 indígenas e 35.752 idosos foram imunizados contra o vírus no estado que já possui três casos confirmados da doença.

O município com menor índice vacinal é Oiapoque, com 16,68% da sua população prioritária. Dos 6.036 índios que deveriam ser vacinados apenas 171 receberam a dose da vacina. O município deve imunizar um total de 9.961 pessoas e até agora vacinou 1.661.

Macapá está em segundo lugar no ranking das cidades do estado que conseguiram imunizar seu grupo de risco. Das 77.939 pessoas, 71.306 foram vacinadas, chegando a 91,49 % do grupo imunizado, conforme dados do DATASUS.


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