Cidades

Ao completarem dez anos de atividades, mergulhadores dos Bombeiros são homenageados

Hoje o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá conta com 34 mergulhadores que atuam em situações de resgates de vítimas e bens em geral.


Considerado a elite do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, o grupo de mergulhadores da corporação foi homenageado na manhã desta sexta-feira, 18, durante solenidade realizada no 4º Grupamento de Bombeiros Militar, em Fazendinha. Na oportunidade, o mergulhador mais antigo da corporação, e que está indo para a reserva remunerada, também foi homenageado pelos serviços prestados à comunidade.
William de Souza ingressou na corporação em 1994, como soldado, e chegou ao posto de coronel. Em 2000 retornou ao estado já como oficial. Ele iniciou suas atividades na primeira turma de mergulhadores do estado, em 2008. Souza chegou a ocupar o comando do Corpo de Bombeiros em Laranjal do Jari.

“O sentimento, nesse momento é do dever cumprindo por ter participado de inúmeras ocorrências. Entre elas, a retirada de embarcações no fundo de rios, recuperação de bens materiais e resgate de pessoas. Além disso, tive a oportunidade de repassar as técnicas adquiridas para outros militares”, lembrou o coronel.

Ele relembrou que seu sonho era participar do curso de salvamento em altura, realizado durante o curso de formação de oficiais. O sonho foi além: o oficial também concluiu o curso de mergulho. William ressaltou que seguiu na atividade devido à necessidade da corporação nessa área.

“O curso de mergulho é considerado bastante difícil. Normalmente inicia com 25, 30 participantes, e apenas 7, 8, 9 conseguem concluí-lo. É um treinamento que leva o candidato ao extremo. Costumo dizer que é um curso que se a pessoa não tiver nenhuma religião, a tendência é essa pessoa procurar, no mínimo, buscar a Deus, por ser um curso extremamente difícil”, frisou.

O sargento Paiva, que discursou representando os demais mergulhadores, agradeceu ao coronel William pela dedicação e pelo aprendizado repassado à equipe. Para ele, apesar das dificuldades, não foi registrado nenhuma baixa na equipe durante esse tempo. São dez anos de mergulho e isso é um marco e vitória de todos, que merecem ser comemoradas.


As primeiras dificuldades da tropa

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Coelho, lembrou das dificuldades enfrentadas pelos primeiros mergulhadores da corporação, que utilizavam normas de mergulhos do mundo civil, sem qualquer técnica e habilitação especifica.

“Há onze anos tivemos oportunidade de proporcionar a um grupo de militares a chance de participarem do curso de formação para mergulhadores. Eles conseguiram concluir o treinamento e trazer para o estado essas técnicas que, posteriormente, foram repassadas aos demais que hoje fazem parte dessa equipe. É uma função obrigatória, constitucional e orgânica da nossa corporação. Sem falar que estamos na região amazônica, que possui inúmeros rios, e a incidência de ocorrências nessas regiões requer o preparo para que o mergulhador possa desempenhar com êxito a sua função. Nós reconhecemos e parabenizamos esses guerreiros que arriscam suas vidas para salvar outras”, ressaltou Wagner.

Nesses dez anos de atuação, os mergulhadores do Corpo de Bombeiros atuaram em várias ocorrências como naufrágios de embarcações, resgate de vítimas em veículos que caíram em rios, resgates em acidentes ocorridos durante a construção de uma usina hidrelétrica em Laranjal do Jari, e no desabamento do porto de uma mineradora, em Santana.


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