Cidades

Artesãos festejam retorno de vendas e na celebração da tocha em Macapá

No dia em que a pira olímpica foi acesa no meio do mundo, nesta quinta-feira, 16, os artesãos que participaram da Feira de Artesanato montada em frente ao palco principal festejaram as vendas e a receptividade dos visitantes que conheceram as obras amapaenses.



Biojoias, artigos decorativos, artes visuais, telas com as mais variadas técnicas de pintura e uso de materiais, peças confeccionadas a partir de materiais reciclados estiveram entre os artigos expostos. Uma variedade para todos os gostos e estilos que encheram os olhos. A organização foi da Prefeitura de Macapá, por meio do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) e da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).
 
Simone Cavalcante vendeu suas garrafas decoradas com temática africana. As estampas e desenhos de mulheres negras, com aplicação de tecido, encantaram o público. “Vendi muitas delas e estou levando para casa muitas encomendas. Estou muito feliz, valeu a pena”. O casal José Eudo Silva e Elenilda também apostou nas vendas, e os quadros de madeira vazada fizeram sucesso. “Vendi uma tela. Mas é legal ver as pessoas fazendo self, prestigiando nosso trabalho. Sem dúvida, o evento da passagem da tocha ficará guardado em nossa memória”, falou José.
 
No espaço de Mônica Lima bonecas em feltro. Rejane Soares levou para venda braceletes e turbantes multicoloridos. Também teve as lindas bonecas em tecido da Eunice das Silva, enfeites de cabelo da Elizangela Castelo, as biojoias das duas Marias, a Cardoso e a Silva, confeccionadas com sementes, penas, caroços, fibras, tururi, escama de peixe e tecido. De Mazagão Novo, os artesãos levaram lindos móveis e peças em madeira: jogo de mesa, espelho, porta treco, kit toc-toc para caranguejo. Foi uma variedade de produtos e estilos feitos pelas mãos dos afroempreendedores e artesãos locais, que, durante as celebrações de revezamento da tocha olímpica em Macapá, aproveitaram para ganhar um dinheiro a mais e, acima de tudo, mostrar para o mundo a arte do Amapá.
 
Ainda teve o espaço de caricaturas e tattoos de rena. Os artistas J. Márcio, Honorato Júnior, o cartunista Ronaldo Rony e o tatuador Messias Silva fizeram a alegria do povo. A fila para levar uma caricatura para casa, gratuitamente, era enorme, e as tatuagens de rena ganharam forma no corpo de pequenos e grandes. “Já fiz a minha caricatura e agora vou para fila da tattoo”, falou a professora Gizelle Laís, exibindo feliz seu desenho feito por J. Márcio.
 
“Deu trabalho, mas foi gratificante. Trazer nossos artesãos para integrar o evento foi uma solicitação do prefeito Clécio Luís, que entende a importância de se fomentar nossa economia primária. Os visitantes, seja de Macapá ou de fora, encantaram-se com os artigos em exposição. A venda foi boa, mas o principal é que essas pessoas puderam ampliar sua rede de contatos”, disse Edicléia Ribeiro, técnica do Improir que coordenou a Feira de Artesanato.

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