Cidades

Crianças são ouvidas na contrução do Plano Estadual pela Primeira Infância

Desenhos, fotografias e histórias foram os mecanismos utilizados para as crianças demonstrarem o que querem para o Estado. “O intuito foi tirar um tempo e sentar na roda com as crianças para ouvir sobre as questões pertinentes do dia a dia delas na cidade, utilizando elementos lúdicos típicos da infância para alcançarmos essas falas”, explicou a facilitadora Rhaisa Pael.


Para auxiliar na construção do Plano Estadual pela Primeira Infância do Amapá (Pepi) – objeto que servirá de guia para a implementação de políticas públicas e garantia do direito das crianças -, nada melhor que ouvir as crianças, que serão as beneficiadas com o projeto. Por isso, durante a quarta-feira, 14, a Secretaria de Estado da Inclusão e Mobilização Social (Sims), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizaram uma oficina de escuta das crianças.

Foram ouvidos 50 alunos de 5 e 6 anos de idade. Pela manhã, o evento foi realizado na Escola Municipal O Pequeno Príncipe, no centro, e à tarde na Escola Profª Maria Izabel, no bairro Novo Horizonte.

Desenhos, fotografias e histórias foram os mecanismos utilizados para as crianças demonstrarem o que querem para o Estado. “O intuito foi tirar um tempo e sentar na roda com as crianças para ouvir sobre as questões pertinentes do dia a dia delas na cidade, utilizando elementos lúdicos típicos da infância para alcançarmos essas falas”, explicou a facilitadora Rhaisa Pael.

Durante as oficinas, os estudantes demonstraram a preocupação com uma cidade melhor e mais segura. Marissol de Cássia tem 6 anos e sabe muito bem o que quer. “Queremos uma cidade melhor, sem lixo e bonita”, disse a aluna.

De acordo com a facilitadora, os dados coletados nas atividades com as crianças apontam a necessidade de mais espaços para brincarem, segurança e melhorias no trânsito.  Todas as informações foram registradas para serem utilizadas na elaboração do Pepi.

Para a secretária da Sims, o Pepi é resultado de um compromisso do Governo do Estado. “Estamos colocando as crianças como prioridade para assegurar que tenham acesso aos direitos e valorização com políticas públicas que atendam às demandas dessa fase tão importante na vida de um cidadão”, afirmou.

O Pepi segue o plano nacional e será feito em várias etapas. O oficial especialista em programas do Unicef no Brasil, Antônio Carlos Cabral, explica que o processo de escuta é um item fundamental no processo para que diretos como educação, saúde, convivência, familiar, de brincar, assistência social, cheguem até as crianças, e o mais importante: com a participação delas. “Não estamos escutando por escutar, estamos escutando para que essas crianças iniciem o seu processo de protagonismo na sociedade atendendo o marco legal pela primeira infância”, disse.

A próxima etapa são os trabalhos em grupos divididos por temas como, saúde, educação, assistência social, meio ambiente, entre outros.  Também serão tratadas questões voltadas para as crianças indígenas e quilombolas, que necessitam de políticas específicas para que tenham os direitos garantidos.

Após a finalização, o Pepi será encaminhado para aprovação na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). A previsão é de entrega é em 2017.


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