Cidades

‘Criminalização da advocacia’ é tema do programa Togas e Becas

No geral, causídicos Maurício Pereira, Ozeas Nunes e Joaquim Gibson mostraram que preconceito contra os advogados criminalistas os criminaliza


 

Douglas Lima
Editor

 

“O advogado criminalista não defende o crime, mas a pessoa incriminada”. Com essa máxima, o advogado Maurício Pereira abriu a rodada de entrevistas com o tema ‘A criminalização da advocacia’, acontecida na manhã deste sábado, 5, no programa Togas e Becas (Rádio Diário FM 90,9).

 

Além de Maurício Pereira, participaram do Togas e Becas, como convidados, os também advogados criminalistas Ozeas Nunes e Joaquim Gibson. Os apresentadores, advogados Helder Carneiro (criminalista) e Jorge Anaice (especialista em direito de família) embasaram a dinâmica do programa na prisão de Marlon Melo, causídico que hoje responde processo em liberdade acusado de pertencer à uma organização criminosa.

Maurício Pereira observou que a criminalização da advocacia criminal não é um caso do Amapá, mas de todo o Brasil, começando, segundo ele, pelo preconceito com o advogado que defende o criminoso. Foi então que disse: “O advogado criminalista não defende o crime, mas a pessoa incriminada”.

O doutor Ozeas Nunes pontuou que a Advocacia Criminal tem o múnus público de especificamente trabalhar com a liberdade da pessoa e que por isso defende “a sagrada prerrogativa do advogado e combate qualquer investida de criminalização” do causídico criminal.

Joaquim Gibson disse ver que a polícia considera a prisão de um advogado uma oportunidade de projeção na mídia e que por isso pratica o ato sem apurar a acusação, sem levar em consideração que o paciente pode ser inocente. Completando o pensamento do colega, Maurício Pereira disse que de fato virou moda a prisão do advogado se tornar midiática.

Foi citada a prisão do advogado Marlon Melo como exemplo de troféu para a polícia. Ozeas Nunes lembrou que antes dos colegas do causídico chegarem ao local toda a imprensa de Macapá já estava presente. A Justiça decretou a prisão do acusado de pertencer a organização criminosa, mas a medida foi desfeita pelo Tribunal de Justiça, que acatou habeas corpus de um grupo de nove criminalistas, Hoje ele responde o processo em casa, com tornozeleira eletrônica.

 

 


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