Cidades

Doença da urina preta: Amapá não tem registro de casos, confirma SVS

Governo do Estado coordena medidas de prevenção com os municípios. Uma das frentes do trabalho preventivo será o combate às fake News sobre o tema.


Foto: Marco Antônio P. Costa

Nesta sexta-feira, 10, o Governo do Estado confirmou que não existe nenhum caso suspeito ou em investigação no Amapá da síndrome de Haff, popularmente conhecida como “doença da urina preta”.

A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) reuniu com os órgãos de vigilância sanitária dos municípios de Macapá e Santana para alinhar medidas de prevenção à doença.

Assim como no estado Pará e Amazonas, os órgãos decidiram emitir alertas à população e também aos estabelecimentos de saúde dos demais municípios do estado, sobre como identificar os sintomas da doença e as medidas a serem tomadas caso ocorra a identificação.

O alerta também alcança os estabelecimentos que comercializam pescados. Um trabalho de orientação preventiva sobre o acondicionamento e manuseio correto do pescado será realizado pelos municípios com orientações da SVS.

O superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia, ressaltou que o alerta não proíbe o consumo de pescados.

Malafaia ressaltou que a primeira questão é combater fake news, porque circulam vídeos demonstrando que peixes com larvas poderiam estar gerando esse tipo de síndrome, o que não é verdadeiro.

“É uma toxina que causa essa doença e nós não temos aqui nenhum caso suspeito sequer. Vamos fazer um trabalho educativo com a população e com os profissionais de saúde para que eles fiquem alertas sobre essa questão”, enfatizou o gestor.

 

Como identificar a síndrome de Haff

A SVS alertou que se houver consumo de pescado, qualquer espécie de água doce, e algumas horas depois ocorrerem sintomas como dores musculares fortes nos membros superiores e inferiores, escurecimento da urina, a pessoa deve procurar ajuda médica.

O diagnóstico da doença é feito de forma clínica, ou seja, através dos sintomas e em casos que levantem suspeitas. Como trata-se de uma toxina, o tratamento perpassa, dentre outras medidas, por bastante hidratação que será administrada pelas equipes de saúde.

 

Causa da doença

A doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como tambaqui, badejo ou crustáceos (lagosta, lagostim e camarão). De acordo com as autoridades sanitárias, quando o pescado não é armazenado de maneira correta, cria-se uma toxina sem cheiro e sem sabor que causa a doença.


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