Especialista em dor detalha sintomas e possíveis causas da fibromialgia
Genilza Valente, fisioterapeuta presidente da Associação dos Fibromiálgicos do Amapá, falou na Diário FM da modulação cerebral causadora das dores crônicas
Douglas Lima
Editor
A fibromialgia é um tipo de dor crônica primária generalizada, que traz consigo com alguns sintomas bem característicos, como fadiga, distúrbios do sono e/ou distúrbios gastrointestinais, foi o que informou a doutora Genilza Valente, fisioterapeuta e presidente da Associação dos Fibromiálgicos do Amapá, no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9) desta segunda-feira, 1 de abril.
Genilsa, que também é especialista em dor, relata que 50% dos pacientes também possuem depressão e/ou ansiedade. “É uma dor generalizada”, diz a doutora. Genilza pontuou que não se sabe a causa da fibromialgia, mas informa que a doença pode estar relacionada a multifatores. “Pode ser predisposta à genética, pode decorrer de um trauma emocional ou físico; não se tem a causa ainda”, lamentou.
A doutora informou que a dor pode surgir de uma depressão, e a depressão pode surgir por conta da dor. Também há relatos de pessoas que desde a infância sofrem com os sintomas da fibromialgia.
“São as dores generalizadas e quadros de fadiga”, falou Genilza. Acerca do número de acometidos, a presidente informou que em Macapá e em Santana são cerca de quinhentas pessoas com a doença, mas que outros municípios também têm pacientes, portanto o número é ainda maior. “Não é uma doença rara, é comum nos consultórios”, disse.
Sobre as comorbidades, Genilza disse que pessoas com fibromialgia são consideradas com deficiências no Amapá e em alguns outros estados, e que corre em Brasília um projeto de lei para determinar que pacientes recebam tratamento prioritário em todo o país.
“É uma dor espalhada em forma de queimação, pontadas; é aguda e tem os gatilhos também, fazendo com que a dor se mantenha ou se amplifique. A oscilação climática é um exemplo; pessoas podem sentir mais dor no frio ou no calor”, informou a doutora.
Tratamento
Concluindo, Genilza falou que o tratamento é medicamentoso e não resolve as dores; “o controle da doença só com medicamentos não é eficaz. As pessoas com fibromialgia que tentaram controlar a doença somente com o medicamento, vão ter ainda dor crônica. É necessário um tratamento multiprofissional, multimodal”, informou.
A doutora salienta que os pacientes precisam também fazer atividades físicas prescritas direcionadas para seu caso específico. “Nunca é igual, não existe receita de bolo”, falou.
Alguns medicamentos utilizados no tratamento são Pregabalina e Atomoxetina, que auxiliam na depressão, ansiedade e na modulação da dor.
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