Cidades

Laserterapia começa a ser disseminada no Amapá

Tecnologia avançada aplicada no campo da saúde dá resultados eficientes na fisioterapia, enfermagem, odontologia e oncologia, entre outras especialidades


 

Douglas Lima
Editor

 

Existente no mundo há quase 40 anos, mas ainda pouco conhecida no Brasil, a laserterapia foi abordada na manhã desta terça-feira, 23, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), através do cirurgião bucomaxilar e pesquisador em laser, Daniel Nastri, que veio de São Carlos, no interior de São Paulo, para capacitar profissionais de saúde do Amapá no uso dessa tecnologia avançada.

 

Daniel explicou que a laserterapia, com poucas contraindicações, beneficia a saúde, pois entre as suas várias utilidades cicatriza feridas e ameniza dores crônicas, sendo muito usada na área oncológica. Na prática, ensina o profissional, a tecnologia utiliza luz nos espectros vermelho e infravermelho contra lesões inflamatórias, feridas e tratamento sistêmico via vascular, melhorando a saturação de oxigênio.

 

O pesquisador Daniel Nastri participou do programa radiofônico acompanhado da cirurgiã-dentista e mestra em ciências da saúde, Daiz Nunes, que presta serviço voluntário no Instituto de Prevenção do Câncer ‘Joel Magalhães’ (Ijoma), com a utilização da laserterapia no acompanhamento de pacientes no pós-tratamento.

 

 

Conforme disse Daniel Nastri, a laser terapia é muito usada na fisioterapia, enfermagem, medicina e odontologia. Uma das atuações mais conhecidas é no manejo odontológico, em geral do paciente oncológico, seja nas situações de quimioterapia, radioterapia ou no paciente transplantado.

 

A mestra Daiz Nunes falou que o paciente oncológico, no pós-tratamento, às vezes fica sem paladar, uma complicação, porque a primeira função da boca, a própria odontologia reconhece, não é a dental, mas a digestiva. Segundo ela, as alterações mais recorrentes na mucosa oral em decorrência das medicações e das terapias oncológicas são a mucosite oral, estomatite, alterações salivares, infecções oportunistas, cárie de radiação e trismo.

 

Para a cirurgiã-dentista, o cuidado odontológico no paciente oncológico é imprescindível para manter a qualidade de vida e também a nutrição adequada para que ele consiga avançar no tratamento, sem que haja intercorrências ou interrupções precoces na terapia tão importante para a cura, em decorrência de infecções bucais ou debilidade alimentar.

 

Outro procedimento também muito recorrente no uso do laser, ensina a doutora, é no corte do freio lingual em recém-nascidos com a língua presa e que não conseguem pegar a mama, o que prejudica o desenvolvimento da deglutição, nutrição e crescimento facial. A utilização da tecnologia tem resultado tão positivo na recuperação do paciente que a fase medicamentosa é eliminada.

 

O cirurgião bucomaxilar e pesquisador em laser, Daniel Nastri, revelou que a laserterapia é eficiente no tratamento de pés diabéticos, garantindo a descontaminação da ferida e a cicatrização. “A saúde tem o objetivo de diminuir o sofrimento dos pacientes, sem deixar sequelas”, proclamou a doutora Daiz Nunes, complementando o colega profissional.

 


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