Cidades

PGR envia a ministro do STF conteúdo da delação premiada de Yo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou o conteúdo da delação premiada do doleiro Alberto Youssef ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, responsável pela análise dos documentos na Corte.



O juiz auxiliar de Zavascki, Marcio Schieffer, foi a Curitiba para checar informações do processo antes de o ministro decidir se homologa ou não o acordo.

 

Pelo acordo firmado com o Ministério Público Federal, o doleiro contou o que sabe e, desde que comprovadas as informações, poderá obter beneficios, como redução da pena e responder ao processo em liberdade. Até o momento, Youssef é réu em cinco processos relacionados à Lava Jato, todos envolvendo pagamento de propina por empreiteiras para a obtenção de contratos com a Petrobras.

 

Youssef é investigado pela Operação Lava Jato e é apontado como chefe do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Em seus interrogatórios, Youssef apontou envolvimento de várias autoridades com foro privilegiado, inclusive parlamentares federais, no esquema de corrupção que atuava, também, na Petrobras. Por isso, o acordo teve de ser submetido à análise do STF.

 

Apesar de ser apontado pelas investigações como chefe do esquema, o doleiro afirmou em depoimento à Justiça em outubro que era apenas uma “engrenagem” e que os mandantes eram “gente mais elevada”, “inclusive agentes públicos”.

 

“Em primeiro lugar, eu quero deixar claro que eu não sou o mentor e nem o chefe desse esquema como vem se mencionando na mídia e na prória investigação. Eu não sou. Eu sou apenas uma engrenagem desse assunto que ocorria na Petrobras. Tinha gente muito mais elevada acima disso, inclusive acima de Paulo Roberto Costa, no caso agentes públicos. Esse assunto ocorria nas obras da Petrobras e eu era um dos operadores”, revelou na ocasião.

 

Entenda a Lava Jato
A Operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação resultou na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a PF e o MPF.

 

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, foram presos, entre outras pessoas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como chefe do esquema, e o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A sétima fase da operação policial, deflagrada no mês passado, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras.


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