Cidades

Prefeitura de Macapá reúne escolas e blocos para discutir resgate do carnaval em 2020

No entanto, o Executivo propôs um novo formato, que será discutido e avaliado por uma comissão formada pelo poder público e carnavalescos.


A Prefeitura de Macapá se reuniu com os presidentes das escolas de samba e dirigentes de blocos na quarta-feira, 9, para deliberar sobre as festividades e resgate do carnaval em 2020. No gabinete, ficou definido que a festa mais popular do país terá o apoio do Município. No entanto, o Executivo propôs um novo formato, que será discutido e avaliado por uma comissão formada pelo poder público e carnavalescos.


Há quatro anos, o tradicional Carnaval do Amapá, que ocorria no sambódromo, juntamente com os desfiles de blocos, não é realizado na cidade. As dificuldades financeiras alegadas pelo Governo do Estado e interdição do espaço inviabilizaram a festa. Em 2019, a prefeitura montou estratégias para que a maior festa popular fosse introduzida no calendário de Macapá. Por exemplo, o aniversário da cidade foi encerrado pelas escolas de samba tradicionais. Além disso, teve ainda Festival de Samba Enredo e os blocos desfilaram na Avenida FAB.

Segundo o secretário de Gabinete, Sérgio Lemos, a prefeitura está dialogando com os envolvidos para apoiar a festa. Além disso, o prefeito de Macapá, Clécio Luís e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também mostraram total interesse em resgatar o carnaval. “Vontade, disposição para realizar o carnaval temos. Por isso, estamos trabalhando antecipadamente para viabilizar a festa da melhor forma possível, contemplando a todos: as escolas de samba, os blocos, as comunidades e toda a população que gosta da festa”, disse o secretário Sérgio.


A prefeitura pretende resgatar o carnaval tanto das agremiações quanto dos blocos, pois faz parte da cultura amapaense e movimenta a economia da capital. Além disso, será elaborado um edital e as agremiações terão que apresentar os seus projetos, prestações de contas, para poder ter acesso aos recursos disponibilizados pela gestão municipal. No caso dos blocos, eles ficariam concentrados na área Central, zonas sul e norte. Os blocos também terão que acessar o edital para poder se credenciar. Limpeza, iluminação, prazos com licenças, divulgação serão garantidos para eles. Apenas a Escola de Samba Piratas da Batucada não compareceu à reunião.

Para o presidente da Escola de Samba Unidos do Buritizal, Rogério Furtado, a prefeitura está oportunizando, de fato, a volta do carnaval. “Eu, em tantos anos de carnaval, nunca tinha visto isso. Fomos chamados antecipadamente para trabalharmos em conjunto alternativas, para que nossa festa volte. Devemos abraçar este momento, para que em 2020 nossa festa esteja de volta na avenida”, ressaltou.


Terá uma nova reunião para definição de tratativas. Estiveram presentes no encontro a diretora-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Marina Beckman, diretor-presidente do Instituto Municipal de Política de Promoção da Igualdade Racial, Maykom Magalhães, diretor-presidente do Instituto Municipal de Turismo, Paulo Brito, Liga Independente das Escolas de Samba do Amapá, Escola de Samba Emissários da Cegonha, Maracatu da Favela, Embaixada Cidade de Macapá, Piratas Estilizados, Boêmios do Laguinho, Império do Povo,  Jardim Felicidade; Blocos: Bafo da Onça, Kubalança, Liga dos Blocos Independentes do Amapá (Liba), Abloca, Tia Fé Folia, Caldeirão da Favela, Rosa na Folia, Banca D’uva, Fazendinha, Beirol, Rei da Malandragem, Tufucu para mim, Lotus Bar, Aki nós bebe Aki nós cai, Centro Folia, Beira Rio, Túnel do Tempo, Corrida Carnarun, Charangas, Blocaldo, Zueira, Congosada, Boralá só tu, Adail Júnior, Pica-Pau, Sacarolha, Paunela e Pau Grande.

Fotos: Max Renê


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