Cidades

Projeto Olhos D’água define indicadores de vulnerabilidade de áreas úmidas no Amapá 

O evento é aberto a pesquisadores, especialistas e representantes de instituições convidadas. 


A situação atual das áreas úmidas do Amapá, popularmente conhecidas como áreas de ressaca, é tema de workshop do Projeto Olhos D’Água, a ser realizado pela Embrapa Amapá, na próxima quinta-feira, 17/10, das 8h30 às 17h. Neste evento serão apresentados resultados parciais dos estudos que se propõem a atualizar as informações do Zoneamento Ecológico-Econômico das ressacas dos municípios de Macapá e Santana (AP).

Durante o workshop, que acontecerá pela manhã e à tarde, no auditório Tucuju da Embrapa Amapá, também serão apresentadas a Base Cartográfica do Amapá e informações da coleta de dados do projeto; assim como serão definidos os critérios para indicadores de vulnerabilidade das áreas de ressacas e propostas para a gestão da bacia hidrográfica.

Ressaca é como são conhecidos os reservatórios naturais de água com influência do ciclo das chuvas e das marés, por meio de uma rede de canais e igarapés. A pesquisadora Ana Euler, coordenadora do projeto no âmbito da Embrapa, destaca a importância de se monitorar a qualidade ambiental destes espaços e propor instrumentos para sua valoração e conservação.

O objetivo do Projeto Olhos D’Água – Gestão ambiental com participação social para a valorização dos serviços ambientais e belezas cênicas da bacia do Igarapé da Fortaleza -, viabilizado com recursos da emenda parlamentar do ex-senador João Capiberibe (PSB/AP), é gerar dados técnicos para a sua gestão ambiental, identificando as áreas de nascentes, áreas de proteção ambiental e o estado de conservação com vistas a propor incentivos a valoração das áreas preservadas, e recuperação dos passivos ambientais. O projeto também tem a finalidade de gerar subsídios técnicos para a gestão da bacia hidrográfica do Igarapé da Fortaleza e formação de seu Comitê de Bacias; e subsídios técnicos para os Planos de Manejos das Unidades de Conservação localizadas nesta bacia hidrográfica.

O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou 156.284 moradias existentes no Amapá, sendo 23.909 localizadas em áreas de ressaca. Mais da metade estão em Macapá, com 13.801 residências. O número de casas nessas áreas úmidas, porém, pode ser maior porque a pesquisa do IBGE catalogou apenas dez áreas de ressacas na capital, 17 a menos em relação às verificadas pela Prefeitura de Macapá. Nesse contexto, o Projeto Olhos D’Água busca gerar informações para apoiar a proposição e implementação de políticas públicas para a gestão ambiental da bacia do Igarapé da Fortaleza, integrada aos programas urbanísticos e de promoção da produção rural periurbana. O trabalho da Embrapa é feito em parceria com o Instituto Estadual de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa).


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