Cidades

Saúde: A perspectiva do canabidiol no Brasil e no mundo

O congresso foi um dos maiores eventos sobre medicina canabinoide realizados no Brasil


Como membro da Frente Parlamentar Interestadual em Defesa dos Direitos da Pessoa com Epilepsia, a deputada estadual Cristina Almeida (PSB/AP) participou na terça-feira (19) do congresso “Cannabis medicinal, uma opção de tratamento”, no Hotel Fera Palace, em Salvador, que teve o objetivo de debater com médicos, especialistas e autoridades os potenciais medicinais e terapêuticos do canabidiol.

O evento abordou temas relacionados ao cenário da cannabis medicinal no Brasil e no mundo, as aplicações terapêuticas do canabidiol (CBD), as questões jurídicas e a regulamentação do tratamento.

O CBD é um dos princípios ativos da Cannabis sativa, nome científico da maconha, compõe até 40% dos extratos da planta e pode ser usado como medicamento para diversas patologias, que variam de epilepsia severa a fibromialgia.

O Dr. Júnior S. Gibele explicou que o CBD tem propriedades terapêuticas e, desde 2014, vem beneficiando muitas famílias que sofriam com patologias por não terem o tratamento adequado, e hoje conseguem ter o alívio dessas doenças através do uso do medicamento.

“Estamos aqui desmistificando e quebrando paradígmas. Será um grande prazer levar isso [seminário] para outros estados”, salienta o médico.

Houve apresentações de vídeos, relatos da atriz Claudia Rodrigues, que possui esclerose múltipla e faz tratamento com CBD para amenizar os efeitos da doença. Foi exposto o caso de Anny Fischer, que sofre um problema genético raro, que segundo os pais, antes de iniciar o tratamento com o CBD, tinha, aproximadamente, 60 convulsões por semana, provocadas por um tipo de epilepsia grave, causada pela síndrome CDKL5, e no evento, relataram o resultado positivo do tratamento. E também contou com a presença de Rachel Apollonio, digital influencer, que tem uma irmã paciente de CBD desde 2018.

Para a deputada Cristina, é preciso quebrar o preconceito, pois é cientificamente comprovado os inúmeros benefícios medicinais do canabidiol, podendo ser administrado com segurança no tratamento de autismo, epilepsia, Parkinson, Alzheimer, câncer, dores crônicas, enxaqueca, entre outras. “Vamos ampliar esta discussão na Assembleia Legislativa do Amapá”, ressalta.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso terapêutico do canabidiol no Brasil. A substância deixou de fazer parte da lista de substâncias proibidas, passando para a categoria C1, de uso terapêutico permitido, mas sujeito a controle.

De acordo com o advogado, Dr. Ricardo Handro, o objetivo do medicamento é trazer melhor qualidade de vida para os brasileiros. Handro explicou que todos os médicos podem receitar CBD para os pacientes, para qualquer tipo de enfermidade, mas a falta de regulamentação gera dificuldade de acesso.

“A regulamentação daria qualidade de vida para o povo brasileiro, geração de emprego e renda e a implementação da arrecadação tributária. A defesa da regulamentação é a defesa do direito de todos, dos médicos, dos pacientes e do estado”, destacou.


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