Cidades

UNA apoia III Semana Amapá África Amazônica 2024

Evento contará com representantes da Amazônia e de países da África a fim de fortalecer relações internacionais para o resgate das origens ancestrais daquele continente no Amapá


 

A III Semana Amapá África Amazônica 2024 refletirá o tema ‘Ancestralidade Genética Africana: da ampliação ao acesso às conexões paradiplomáticas Brasil-África’ com vasta programação de 19 a 25 de maio em Macapá e participação de comunidades quilombolas, cultura popular, turismo, meio ambiente e mulheres mulheres negras.

 

O tema central visa construir a identidade histórica da população negra amapaense a fim de reconhecer a sua ancestralidade africana.

O evento é realizado pela Academia Amapaense de Batuque e Marabaixo (AABM) com o apoio da União dos Negros do Amapá (UNA), parlamentares, entidades públicas e privadas do Brasil e do exterior como representantes de outros estados da Amazônia, e de países – República do Congo, Costa do Marfim, Benin, Camarões e Guiana Francesa.

 

Criada no dia 23 de março de 2018, a AABM resgata e preserva a memória da cultura afro-brasileira e suas manifestações culturais amapaense influenciadas pela cultura africana, do Brasil colonial aos dias atuais. As semelhanças da cultura africana são vistas na cultura amapaense como a dança do marabaixo, batuque, música popular, religiosidade, culinária.

 

De acordo com a coordenadora da UNA, Cristina Almeida, a Semana da África vai dialogar com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para que sejam discutidas políticas públicas efetivas referentes à realidade genética da população negra do Amapá, a aplicabilidade das Leis 10.639/03 e 11.645/08 que tornam obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nas redes de ensino públicas e privadas. Além de promover relações internacionais com a assinatura do termo de cooperação entre as cidades irmãs: Macapá e Ouidah (Benin), a programação também vai abordar temas socioambientais relevantes como as mudanças climáticas.

 

Neste ano, o tema central vai refletir a importância da iniciativa do projeto Genoma de Referência do Brasileiro (GRB), por meio da Universidade de São Paulo (USP), no mapeamento e o diagnóstico do Genoma de 500 pessoas junto às comunidades quilombolas de Macapá e Mazagão Velho. As pesquisas serão realizadas nessas localidades devido às suas histórias edificadas com a chegada dos primeiros negros no Brasil como os que vieram para a construção da Fortaleza de São José entre 1764 e 1782.

 

“Quando nós destacamos esse tema central é porque queremos descobrir qual o País do continente africano que o Amapá tem o genoma. Por isso, o tema busca refletir a importância dessas informações específicas da população preta amapaense com intuito de resgatar as suas origens ancestrais para que, ao serem identificados tais fragmentos sequenciados no DNA, a descoberta científica possa reconstruir a identidade de cada pessoa com os resultados de ancestralidade genética africana e suas possíveis susceptibilidades”, explicou Cristina.

 

Semana da África

A Semana Amapá África Amazônica ocorre anualmente, fundamentada pela Lei Estadual n° 2.711/22, de autoria da então deputada Cristina Almeida, em alusão à data 25 de maio, instituída pela Organizações das Nações Unidas (ONU), como o Dia Internacional da África. O evento também acontece em outros estados como Salvador-BA, Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP, Brasília-DF, com intuito de promover o reconhecimento da história e da cultura africana junto à história da cultura.

 


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