Esportes

Atletas de projeto social de lutas da PM ganham 12 ouros no RN

‘Nocauteando as Drogas e Finalizando a Violência’ dá oportunidade a crianças e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social.


Uma equipe de cinco atletas, com idades entre 8 e 14 anos, representou o Amapá no Campeonato Brasileiro de Luta Olímpica Infantil, em Natal (RN). Todos voltaram para casa como campeões, com um total de 14 medalhas, sendo 12 de ouros.

Esse é um dos muitos resultados alcançados através do projeto social “Nocauteando as Drogas e Finalizado a Violência”, da Polícia Militar (PM). No campeonato, o Amapá ficou em segundo lugar geral – atrás do Rio Grande do Norte, que sediou o evento.

Através do esporte, a iniciativa busca dar oportunidade a crianças e jovens em situação de risco e vulnerabilidade social. Atualmente, o projeto atende a cerca de 120 atletas, nas modalidades de luta olímpica, muay thai, MMA e jiu-jítsu.

O coordenador do trabalho é o capitão da PM Wanderson Panjota, o “Panda” – como é conhecido pelos alunos e colegas de profissão. Ele fundou o “Nocauteando as Drogas e Finalizado a Violência” com outros quatro colegas da corporação, há 6 anos.

“Para nossa equipe, as conquistas foram apenas a confirmação que estamos no caminho certo. O Amapá e o nosso projeto têm um talento gigantesco para as artes marciais de modo geral”, disse.


Os vencedores do Campeonato Brasileiro de Luta Olímpica Infantil são Tiago Costa, João Pedro, João Batista Neto, Ingrid Araújo e José Leandro Pureza. A disputa ocorreu no dia 28 de setembro.

Quando o projeto iniciou, os treinos aconteciam no salão da Igreja Shemaiay, no bairro Infraero 2, periferia da zona norte de Macapá. Depois de um tempo, passaram a ser numa academia adaptada no quintal da casa dos pais do Panda, no mesmo bairro.

Irmãos concurseiros

Outra proposta do projeto é incentivar a busca por um espaço no mercado de trabalho. Assim, os irmãos Josimar de Souza Júnior, 21 anos, e Josimar de Souza Filho, 23 anos, despertaram, através do esporte, a vontade de tornarem-se militares.

Ambos chegaram a ser aprovados em concursos públicos da Polícia Militar. Josimar Filho espera ser convocado para fazer parte da corporação amapaense, enquanto o irmão foi aprovado no certame de Tocantins.

“Muito do que a gente usou dos estudos para o concurso foi o que aprendemos na luta. Os ensinamentos passados na academia não servem somente para o esporte, mas, também, para a vida”, enfatizou Josimar Filho.


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