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“Cidadão Considerado Macapá”: projeto é realizado na Unifap e transforma vidas através da capoeira

O projeto existe há mais de 13 anos e passou a funcionar na Unifap no segundo semestre de 2022


 

Um projeto de extensão socioeducativo realizado na Universidade Federal do Amapá (Unifap) vem transformando vidas por meio da capoeira. Sob a coordenação do professor Hélcio Alcântara e Monnya Karollyne, o “Cidadão Considerado Macapá” tem como principais objetivos auxiliar na formação da cidadania e melhorar a qualidade de vida dos participantes.

 

O coordenador, Hélcio Alcântara, destaca que o projeto é baseado em uma pedagogia social, combinando elementos da pedagogia de Paulo Freire com a perspectiva teórica de Rubem Alves. Essa abordagem utiliza os conhecimentos prévios dos alunos e a riqueza da cultura popular da capoeira para ensinar valores da vida e da sociedade contemporânea, capacitando os participantes a se tornarem sujeitos ativos em seus próprios destinos. Outro ponto que se destaca no projeto é a capacidade de unir pessoas de diferentes origens sociais em uma roda de capoeira.

 

 

“A capoeira como instrumento de libertação, desde sua essência, de sua raiz e sua origem, proporciona uma convivência social, plural, diversificada em que a gente encontra pessoas de classe alta e a pessoa do gueto, das comunidades, dentro da mesma roda né, no mesmo ambiente de prática e como que isso habilita as pessoas a enxergarem o seu potencial, o seu valor, diante de uma sociedade que é capitalista e excludente”, afirma Hélcio Alcântara.

 

O “Cidadão Considerado Macapá” existe há mais de 13 anos e passou a funcionar na Unifap no segundo semestre de 2022. Em todos esses anos, o coordenador afirma que o projeto tem estimulado a busca pela educação básica e pelo ensino superior, incentivando os participantes a se dedicarem aos estudos como parte fundamental do desenvolvimento.

 

“A parceria com a Universidade abriu um pouco mais essa ideia da educação formal e trouxe pra gente a possibilidade de parcerias de visibilidade da comunidade acadêmica, o que vai proporcionar mais alunos acadêmicos que são exemplos importantes para outros alunos que ainda não são acadêmicos. Então, neste sentido, a Universidade vai contribuir muito para o ganho qualitativo do público que a gente atende, isso vai influenciar aquele aluno que vem de uma família pobre, de uma situação econômica precária, isso vai ajudar bastante”, avalia o professor Hélcio Alcântara.

 

Para participar, os interessados devem ter a partir de 11 anos de idade. As inscrições podem ser feitas entrando em contato com a coordenação do projeto, no Departamento de Educação (DED) da Universidade Federal do Amapá ou na Pró-reitoria de Extensão (Proeac). Também é possível se inscrever diretamente no Centro de Vivência da Unifap, localizado no campus Marco Zero do Equador, em Macapá, onde ocorre o projeto.

 


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