Esportes

Governo do Amapá estimula prática esportiva e inclusão durante Festival Paralímpico na Unifap

Evento, em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), reuniu crianças e jovens, com ou sem deficiências, em modalidades adaptadas


 

Para oportunizar e estimular a prática esportiva e a inclusão de crianças, adolescentes e jovens, com deficiência ou não, através de modalidades adaptadas, o Governo do Amapá em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), promoveu no sábado (23) na pista de atletismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá, o Festival Paralímpico 2023.

 

O evento, coordenado pela Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), reuniu a equipe de professores de educação física que comandaram atividades com simulação das modalidades paralímpicas para garantir aos participantes, que este ano contou com cerca de 20% do público sem deficiências, uma experiência lúdica e inclusiva.

 

 

Para Marcos Nunes, secretário em exercício da Sedel, a prática esportiva e incentivo aos paratletas está só no começo. “O Governo do Amapá, através da Sedel, trouxe um vasto time de educadores físicos capacitados no incentivo ao paradesporto. Nesses eventos podemos descobrir talentos até então escondidos e conversar com as famílias para que entendam que a prática vai aperfeiçoando cada vez mais as habilidades, mas principalmente incentivar a prática do esporte”, concluiu.

 

A programação do festival também celebrou o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, celebrado no dia 22 de setembro

 

 

Atletas e paratletas de Macapá e Santana participaram gratuitamente das mais variadas atividades e puderam conhecer os medalhistas da Seleção Paralímpica do Amapá, que trouxeram 84 medalhas nos Jogos Escolares Paralímpicos Regionais, realizados em Belém, no mês de agosto. Entre eles, destaque para Wanna Brito e Yuri, que foram homenageados com uma moção de aplausos.

 

Vice-campeã mundial no arremesso de peso e recordista brasileira, Wanna Brito, de 27 anos, que nasceu com paralisia cerebral e foi recentemente medalha de prata no mundial de paratletismo em Paris, na França, conta que nada a impediu de correr atrás de seus objetivos.

 

 

“Não sei se quando meus pais receberam a notícia de que eu tinha paralisia cerebral eles imaginaram que eu poderia ter sucesso, ser modelo fotográfica, me formar em fisioterapia e ser vice campeã mundial de arremesso de peso. Aliás, tive a 3ª melhor marca do mundo e bati 2 recordes brasileiros na minha categoria. E graças aos meus pais sempre tive incentivo em tudo e nunca desisti. E vem muito mais pela frente. Todos precisam acreditar que o esporte muda vidas, mudou a minha e vai continuar mudando a vida de muitos. E tudo pode começar num evento como este”, destacou a paratleta ao lado do seu treinador Marlon Costa.

 

Débora Moura, mãe da paratleta Aninha, faz questão de ressaltar, com muito orgulho, os avanços da filha através do esporte: “Eu sempre acompanho, em tudo, principalmente nos treinos, as pessoas se surpreendem quando descobrem que mesmo ela sendo cadeirante, já tem várias medalhas em arremesso de peso. E olha, as vezes preciso colocar ela para descansar porque se deixar, ela fica treinando direto e é preciso ter equilíbrio”, disse a orgulhosa mãe.

 

 

Para Yndiraima Cunha, paratleta medalhista e presidente da Federação de Paradesporto do Amapá (FPA), membro do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro (CRPB), o evento serve de “pontapé inicial” para novas programações no estado.

 

“Até pouco tempo a gente não tinha eventos e hoje é uma grande felicidade poder ver todas essas pessoas aqui, crianças tendo o primeiro contato com o esporte paralímpico e a gente já como paratleta veterana estar acompanhando e ver essas revelações que vão engajar na Federação, nas Associações junto com a gente. O Amapá é um grande celeiro de paratletas e com certeza será muito mais”, celebrou a presidente.

 


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