Esportes

Esporte Clube Macapá recupera patrimônio, diz vice-presidente

Eide Figueira declara que terreno da sede da instituição esportiva foi recuperado após anos de dolorosa batalha judicial


 

Lana Caroline
Editora de Esportes

 

Em 2024, o Esporte Clube Macapá, o ‘Leão da FAB’, vai completar oito décadas de existência. Os tempos grandiosos do clube, que em 1975 conquistou o primeiro título do Copão da Amazônia, em Porto Velho (RO), contrastam com o período mais recente cheio de sérios problemas de administração e a perda até mesmo da sede própria no número 718 da avenida FAB, esquina com a rua Eliezer Levy, área central da capital.

 

 

Nesta quinta-feira, 11, no programa ‘LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9), o atual vice-presidente do clube, Eide Figueira, anunciou aquele que pode ser o último capítulo de uma batalha judicial de anos e que envolve muitas pessoas e a empresa Icon Construtora e Incorporações.

 

Sem detalhar o caso, Eide disse que há cerca de oito anos ingressou na diretoria do clube e descobriu que a antiga diretoria teria celebrado acordos com a construtora, e que mais tarde a Icon repassou o patrimônio para uma família tradicional do Amapá, como forma de quitar uma dívida de R$ 10 milhões. Ele também não quis dar detalhes de quem são os envolvidos.

 

“Quando entrei [no Macapá], tive essa ‘não boa surpresa’. Fomos surpreendidos com um processo judicial, e o Macapá já tinha perdido seu patrimônio. Passei a atuar como advogado e chamei todos os antigos associados para ajudar, mas ninguém apareceu e assumi o processo com a minha irmã, que também é advogada. Ficamos sete anos nas tratativas desse processo, pois estávamos em defesa desse patrimônio que tínhamos que resgatar. E, agora, nesse ano, conseguimos encerrar os quatro processos que tinham e chegamos ao acordo. As duas partes entenderam que foram vítimas da Icon. A empresa trabalhou com promessas que não aconteceram. Temos provas, convicções, mas não era feito por pessoas do Macapá, eram de fora. Pessoas que se apossaram dos cargos de diretoria com a finalidade de vender o prédio. Depois que tudo tinha acontecido, se retiraram”, disse Eide.

 

 

O dirigente afirmou que a partir de agora serão adotadas medidas necessárias para se retomar o projeto, e que ainda em 2024 o sonho de construção da nova sede do Leão da FAB deve sair, de fato, do papel. Quanto às pessoas que teriam se apropriado de valores astronômicos com a venda da sede no passado, o atual vice-presidente preferiu não se manifestar, afirmando apenas estar atuando como um fiel defensor da causa maior do clube, que é o resgate da história, do patrimônio e sua torcida.

 


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