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Vice reitor afirma que a Ueap virou uma balbúrdia

Curso de Música não tem um instrumento musical, é executado numa sala inapropriada e há falta de professores.


“A universidade virou uma balbúrdia”. Com esse tom ríspido e contundente, o vice reitor da Ueap, Breno Silva, manifestou, ontem, a insatisfação que ele experimenta com a atual situação da instituição. Segundo ele, a insatisfação que sente é a mesma de outros que integram a direção da autarquia indireta de regime especial, com exceção dos nomeados pelo governo.

Breno Silva denunciou que o governador Waldez Góes está agindo de forma arbitrária na Universidade do Estado do Amapá, transgredindo a autonomia didático pedagógica, administrativa e de gestão patrimonial e financeira que a Constituição Federal confere à instituição.

Breno lembrou que abaixo do reitor e do vice reitor da Ueap, o governador nomeou todos os pro reitores que pertenceram à chapa derrotada na eleição que pela primeira vez escolheu a direção da universidade.

“Isso prejudicou não só o Curso de Música, mas todos os cursos da instituição”, acusou o vice reitor a propósito da reclamação dos estudantes musicais da Ueap a respeito da má qualidade do ensino que dizem receber.

O Curso de Música da Ueap não tem um instrumento musical, é executado numa sala inapropriada e há falta de professores. Uma licitação foi feita para equipar o curso, porém teve que ser cancelada para a realização de outra ainda sem data definida.

O vice reitor Breno Silva disse que com a mudança de governo de 2014 para 2015 a Ueap passou a ter problema quanto a sua gestão em relação ao governo do estado.

“A Ueap, em 2015, passou por uma instabilidade muito séria porque praticamente éramos tratados como inimigos da gestão do governo pelo fato de termos sido nomeados na gestão anterior”, relembrou Breno.

O Curso de Música foi implantado para tentar cobrir uma lacuna do estado que seria a necessidade da área musical. O último concurso público para professor da instituição foi em 2012. A quantidade de docentes foi ínfima para conseguir contemplar até mesmo o corpo docente da Escola Walquíria Lima e de outros colégios.

As seis vagas abertas para professores de música foram ocupadas pela metade, de maneira que até hoje todas as outras vagas são contempladas através de contrato administrativo, apesar do concurso ter vigência até maio deste ano.
Breno disse que a expectativa é de que seja regularizada a situação dos professores efetivos, dos materiais e da nova contratação predial que está sendo feita para que o Curso de Música seja expandido.


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