Nota 10

1ª Feira Literária Afro-Amapaense reúne escritores negros para exposição e venda de obras autorais

Evento incentivou a leitura e a produção literária negra, ampliou o acesso à diversidade cultural e estimulou reflexões sobre a representatividade na literatura


 

Dança, poesia e artes visuais. Nesta sexta-feira (24), o público compareceu na 1ª Feira Literária Afro-Amapaense para conhecer um pouquinho das diversas linguagens artísticas. O evento, que ocorreu na Praça Santuário Nossa Senhora de Fátima, reuniu 21 escritores negros para exposição e venda de obras autorais.

 

 

O diretor-presidente do Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir), padre Paulo Roberto Matias, falou da importância do evento para o fomento da cultura local. “Esse é mais um importante evento cultural para a população. É um dia histórico para o fortalecer o movimento afro literário. Temos literatura afro dita para o Brasil e o mundo”, ressaltou.

 

A feira contou com diversas atividades culturais, incluindo rodas de conversa e exposição de artesanato afro. Teve compartilhamento de sabedoria ancestral dos griôs de escritores, poetas e poetisas negros da literatura local e reconhece a transmissão oral de saberes e fazeres de um povo.

 

Conforme a autora do livro, O boto e a aranha marabaixeira: um conto Amapaense no Curiaú, Márcia Galimbo, o evento contribui para o desenvolvimento humano. “Disseminamos conhecimento em suas diversas formas. Sou autora de vários livros que ajudam na formação das pessoas e aqui pude mostrar um pouco do meu trabalho. Agradeço por esse evento e apoio da gestão municipal”, disse.

 

A iniciativa destacou a importância da literatura afro-amapaense, produzida por negros, quilombolas, indígenas e ribeirinhos e promoveu a valorização da identidade e da ancestralidade.

 

 

Helberlena Gomes aproveitou o momento para comprar livros e destacou a importância de participar de eventos culturais. “Tenho filhos e esses tipos de eventos precisam ser valorizados ainda mais. Aqui é um celeiro de conhecimento, em que podemos viajar na criatividade e adquirir algumas obras literárias”, enfatizou.

 

A 1° Feira Literária Afro-Amapaense foi desenvolvida pelo Improir, incentivou a leitura e a produção literária negra, ampliou o acesso à diversidade cultural e estimulou reflexões sobre a representatividade na literatura.

 

 

O evento também teve apoio do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) que levou os serviços de massoterapia, limpeza de pele, corte de cabelo, aplicação de henna, atendimento psicológico, assessoramento jurídico e abertura de processo de laqueadura.

 


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