Ciclo do Marabaixo será para clamar pelo fim da pandemia, diz liderança do movimento
Dona Naíra do Marabaixo vai ao rádio e explica que apesar das limitações pelo combate ao Covid-19, a tradição se mantém e reforça clamor pelo fim do sofrimento.
Cleber Barbosa
Da Redação
Dona Naíra Sena, 66, respeitada liderança do movimento cultural amapaense, foi ao rádio nesta sexta-feira (12) sobre o movimento denominado Marabaixo da Juventude, que além de manter trajetória de luta e resistência, se propõe a garantir a perpetuação da mais autêntica manifestação cultural dos primeiros negros a desembarcar no Amapá. Ela disse que a principal intenção espiritual é clamar pelo fim da pandemia.
Em entrevista ao programa Café com Notícia, na Diário FM (90,9), ela explicou que mesmo diante das limitações impostas pelo combate à pandemia, o Ciclo do Marabaixo foi aberto esta semana, com o levantamento do mastro, a reza da ladainha, roda de conversas e todo um trabalho com forte significação e tradição, que se estende até o dia 19, com o ponto alto da festividade pelo padroeiro São José.
Com tantas perdas entre a população amapaense, Dona Naíra reforça a necessidade de se ter uma base espiritual para lidar com tanta dor e sofrimento.
“Eu como uma senhora de 66 anos me sinto muito sentida com tantas pessoas falecendo, pessoas da família ou conhecidas, mas apesar da dificuldade acredito que para Deus nada é impossível, então temos que rezar e pedir a ele que acabe com essa pandemia, que arranje um meio de acabar com isso”, desabafou.
Dona Naíra do Marabaixo, como é carinhosamente tratada, disse ainda que também ser importante acreditar na devoção ao padroeiro dos amapaenses, pois São José é um santo forte que pode interceder pelos moradores da cidade e de todo o mundo.
“Peço que São José proteja todos os brasileiros, principalmente nós aqui do estado do Amapá, pois é o nosso padroeiro”, disse ela.
Transmissões
Com a identificação DSJ Marabaixo, no Instagram, a conta é administrada pelo Grupo Devotos de São José no Instagram, que realiza encontros e outros eventos remotos compartilhados com a comunidade em geral através de transmissões ao vivo pela Internet, as famosas “lives”, bem como o canal Marabaixo da Juventude na plataforma YouTube.
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