Nota 10

Escritoras do Amapá são finalistas do Prêmio Jabuti

As escritoras amapaenses Bruna Karipuna, Cláudia Flor d’Maria e Lucia Tucuju estão entre os finalistas


 

A Câmara Brasileira do Livro divulgou na terça-feira (21) os cinco finalistas em cada categoria do Prêmio Jabuti 2023. As escritoras amapaenses Bruna Karipuna, Cláudia Flor d’Maria e Lucia Tucuju estão entre os finalistas do Prêmio Jabuti, na categoria Fomento à Leitura, com o Álbum Guerreiras da Ancestralidade do Mulherio das Letras Indígenas.

 

O Prêmio Jabuti é o mais tradicional prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro. Criado em 1959, foi idealizado por Edgard Cavalheiro quando presidia a CBL, com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

 

Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores(as) independentes de todo o Brasil, inscrevem suas obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona.

 

A 65ª edição da premiação literária mais importante do Brasil ocorre no dia 5 de dezembro, quando serão divulgados os vencedores das 21 categorias, além do grande vencedor do Livro do Ano.

A obra literária Álbum Biográfico do Mulherio das Letras Indígenas reúne escritoras e poetas indígenas de várias etnias e regiões do país, compondo uma espécie de “mapeamento” de representantes de vários povos originários, que transcendem o território brasileiro. O projeto inclui as narrativas de história dos povos, suas raízes, ancestralidades, desafios, conflitos e vitórias na vida pessoal e coletiva na aldeia ou na cidade. Tudo contado na perspectiva do olhar das mulheres indígenas deste coletivo, com uma acolhida sensível às guerreiras em retomada.

 

A obra pode ser baixada gratuitamente pelo link abaixo: https://drive.google.com/file/d/1FSSIIiUz9H9XEb4tDK2Yz7S_c_c4uNYC/view?usp=drivesdk

 

Bruna Karipuna é indígena do povo Karipuna do estado do Amapá, filha de Ieda dos Santos e Antônio Rangel Marques Almeida, graduada em Letras Português/Francês pela Universidade Federal do Amapá (Unifap), pesquisadora indígena e Mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Unifap, na área de Literatura, Cultura e Memória. Ativista do movimento indígena de Oiapoque, coordenadora do projeto Aramari da Amazônia, Presidente do Instituto Alceu Karipuna – Akari, e Professora na Escola Indígena Estadual Jorge Iaparrá.

 

Cláudia Patrícia Nunes Almeida, bisneta, neta e filha indígena do povo Itaquera e filha de ribeirinho da Amazônia Paraense, nascida em solo Tucuju. Graduada em letras pela UFPA; mestre em Ensino e doutoranda em Ensino pela UNIVATES; escritora, poeta, performista, compositora, pesquisadora e ativista indígena. Professora do Instituto Federal do Amapá – IFAP.

 

Lucia Tucuju é amapaense, de origem indígena do povo Galibi, Marworno. Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Professora, mediadora de leitura, escritora, narradora de histórias, membro da Academia Internacional de Letras do Brasil, membro do Mulherio das Letras Indígenas. Professora de Literaturas Indígenas em Pós-graduação em Relações Étnico-Raciais. Como atriz, atuou no monólogo “Arandu – Lendas Amazônicas”, em cartaz nos CCBBs – e no filme Ricos de Amor 2, da netflix.

 

 


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