Nota 10

Estudante amapaense apresenta projeto de reaproveitamento da casca do caranguejo nos Estados Unidos

Ana Clara Rodrigues, de 16 anos, da escola Dr. Alexandre Vaz Tavares, vai representar o Brasil na International Science and Engineering Fair, em maio


 

Com a conquista de 15 prêmios em oito feiras nacionais, incluindo a Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap), um projeto que utiliza do reaproveitamento da casca do caranguejo como uso orgânico será apresentado na International Science and Engineering Fair (Isef), a maior feira de estudantes do mundo, em maio, nos Estados Unidos.

 

De autoria de Ana Clara Rodrigues, de 16 anos, aluna da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, em Macapá, o projeto “K+: análise da farinha do processamento da carcaça do caranguejo-uçá, como uso orgânico para fertilizantes na sojicultura”, busca melhorar a produtividade agrícola e a renda de pequenos produtores de alimentos por meio de um sistema alternativo, inovador e sustentável.

 

 

“Fazer parte da comitiva que vai para os Estados Unidos em maio, representando o Amapá é gratificante. Espero que o projeto traga visibilidade para o estado e quem sabe para o país, pois considero uma conquista de extrema importância. Desejo que a pesquisa sirva para inspirar outras pessoas que desejam fazer a diferença e mudar nossa realidade”, destacou a pesquisadora.

 

O trabalho iniciou na época em que Ana Clara estudava na Escola Estadual Irmã Santina Rioli, no ensino fundamental. Em 2024, a estudante deu prosseguimento ao projeto, na Escola Estadual Alexandre Vaz Tavares, já no ensino médio.

 

O orientador, professor Aldeni Melo, destaca que o projeto evidencia o Amapá, nacional e internacionalmente, no circuito das feiras estudantis e ressalta que esta é a terceira vez que ele viaja com alunos para participar da Isef.

 

 

“Vamos representar o Amapá como finalistas, na maior feira do mundo, nos Estados Unidos. O foco não é o prêmio, e sim elevar o potencial dos alunos da rede pública, deixando claro que eles têm capacidade e podem conquistar qualquer coisa a que se proponham, inclusive na área científica, podem sonhar e realizar maravilhas, tanto no presente, quanto no futuro”, frisou Melo.

 

Sobre o projeto K+

A carcaça do caranguejo-uçá, rica em nutrientes, ao ser descartada é transformada em material orgânico para fertilizantes, a fim de ser utilizado por produtores e moradores de zonas rurais e áreas isoladas, na agricultura da soja. Por meio de um sistema alternativo, os residentes das localidades geram uma fonte de renda que melhora a qualidade de vida.

 

 

Após coleta de dados, teste químico e granulométrico de amostragem de solo e cultivo com grupos de controles com alfaces e soja para analisar a biomassa produzida, a farinha processada demonstrou possuir grande quantidade de potássio e eficiência.

 

O resultado demonstra o uso sustentável com caráter social para o contexto agrícola. A ideia ecologicamente correta, pode amenizar o problema de alimentos em lugares que apresentam precariedade.

 


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