Nota 10

Museu do Negro Gertrudes Saturnino recebe doações de teses para seu acervo

O Movimento Nação Marabaixeira surgiu a partir das ações, ideias e pensamentos positivos do Instituto, com a participação da técnica Christiane Farias e do ativista cultural Carlos Piru, para fortalecer o Museu Municipal do Negro Gestrudes Saturnino, vinculado e administrado pelo Improir.


Objetivando fortalecer a parceria e a Campanha Multiplicando Conhecimento, o Instituto Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Improir) e o Movimento Nação Marabaixeira realizarão cerimônia de doação ao Museu do Negro dos primeiros TCCs, teses de mestrado e doutorado de ex-acadêmicos e professores amapaenses das diversas áreas. Todos os Trabalhos de Conclusão de Cursos têm como tema o Negro no Amapá. Será às 9h desta quinta-feira, 11, na sala do Museu do Negro, no Improir, situado na Av. General Osório, n° 365, terceiro andar, sala 312 – Laguinho.

O Movimento Nação Marabaixeira surgiu a partir das ações, ideias e pensamentos positivos do Instituto, com a participação da técnica Christiane Farias e do ativista cultural Carlos Piru, para fortalecer o Museu Municipal do Negro Gestrudes Saturnino, vinculado e administrado pelo Improir. O ponta pé foi dado no mês de julho deste ano e, desde então, inúmeros movimentos, estudiosos, entidades sociais e pessoas vêm se solidarizando ao projeto, integrando o trabalho e fortalecendo a causa que busca resgatar a memória do povo negro amapaense e conquistar um espaço físico para o Museu do Negro.

Assim, o Movimento Nação Marabaixeira é um grupo de pessoas, de diversas áreas do conhecimento, que, por meio de um conjunto de ações, visa tornar visível de forma positiva a presença e a participação do negro na construção da sociedade amapaense em todos os segmentos sociais: econômico, educacional, cultural, político, esportivo, histórico e demais. O movimento tem como principais mobilizadores e coordenadores técnicos do Instituto, ativistas culturais e professores: Christiane Farias, Carlos Piru, Renata Miranda, Rosivaldo Silva, João Ataíde, Liliane Ramos, Mário Neilton e Professora Rose.

O movimento ganhou força nas redes sociais, com avatares de pessoas que apoiam a campanha. “Muitos não têm como participar da campanha doando um trabalho, mas podem ajudar divulgando o movimento, doando o seu nome, sua representatividade, sua força, pois eles são representantes de movimentos e quanto mais gente apoiando, melhor! Já é hora do povo negro ter uma referência de espaço que resguarda a sua memória e a sua história, por isso estamos pedindo ajuda para ampliar o acervo do museu e, tão logo tenhamos um prédio próprio, organizar tudo como se deve. Vale ressaltar que, mesmo hoje funcionando numa sala do Improir, o museu está desenvolvendo um trabalho social de transmissão de conhecimento muito bonito, funcionando com exposições iti nerantes nas escolas e onde nos chamar”, explica Christiane Farias.

“Precisamos potencializar o conhecimento da nossa história, da história do povo negro, do legado deixado por tantos ‘pretos velhos’ que não deixaram registros escritos. Toda família amapaense tem uma história para contar, fotos, peças que podem ser relíquias, estudantes, professores, escritores têm pesquisas importantes que, na maioria das vezes, são apresentadas, publicadas, mas que o conhecimento não chega à população. O que queremos é isso, que as pessoas se sensibilizem e doem ao museu peças importantes para a memória do Amapá de seu povo negro. Venha somar conosco”.


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