Polícia

Condenado por tráfico, ex-candidato a deputado federal é preso no Amapá

Empresário que concorreu ao cargo de deputado federal em 2018 pelo PR, no Amapá, voltou a ser preso pela Captura. Ele foi condenado a 4 anos de prisão por tráfico de drogas.


Empresário seria transferido para o Iapen

O empresário e ex-candidato a deputado federal pelo PR, no Amapá, Eurison de Andrade da Silva, de 34 anos, que concorreu na eleição de outubro passado com o nome na urna de ‘Erison Real’, foi preso na noite de quarta-feira (12) no município de Mazagão, distante 32 quilômetros de Macapá, em cumprimento a uma Ação de Execução Penal decretada pela juíza Ilana Kapah.

Eurison responde pelo crime de tráfico de drogas.

A prisão foi realizada por agentes da Divisão de Captura do Departamento de Polícia Especializada (DPE) que estavam no encalço do empresário há vários dias. Após a prisão, Eurison foi encaminhado para a sede da Captura no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval.

Prisão anterior

No dia 12 de setembro deste ano o empresário foi preso no município de Santana durante uma ação do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) e Divisão de Captura da Polícia Civil. A prisão foi confirmada pela Delegacia Geral de Polícia Civil (DGPC).

Ele foi condenado em 12 de janeiro de 2015 à pena de 4 anos e 1 mês de prisão pelo crime de associação ao tráfico. A sentença transitou em julgado, ficando a defesa impedida de recorrer. Erison foi identificado em escutas telefônicas da Polícia Federal (PF), em 2010, que foram autorizadas pela justiça. Ele seria integrante de uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas que atuava em vários estados do país.

Essa investigação resultou, em 2011, na deflagração da Operação Graduados, que cumpriu no dia 7 de outubro daquele ano 25 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em Macapá (AP), Santana (AP), Belém (PA), Altamira (PA) e Guajará-Mirim (RO). Grande parte dos suspeitos já havia sido indiciado ou esteve preso por tráfico, daí surgiu o nome da operação. Cinco dos mandados expedidos foram cumpridos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Há época da operação a assessoria de imprensa da PF no Amapá declarou que a investigação resultou na prisão de 54 pessoas. Também foram apreendidos 160 kg de pasta base de cocaína, que renderia até 800 kg de crack e movimentaria R$ 12 milhões.

A droga normalmente saía do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia, passava pelo Pará e chegava ao Amapá. Também foram apreendidos revólveres, pistolas e uma submetralhadora.

As investigações revelaram que Erison teria cedido a conta bancária para movimentação financeira da comercialização da droga. A movimentação seria feita pelo irmão dele, também condenado. A defesa de Erison, que atua como comerciante em Santana, sustenta que o dinheiro movimentado era lícito.

Soltura

No dia 19 de setembro – seis dias após a prisão – o desembargador do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Manoel Brito, concedeu a progressão do empresário do regime semiaberto para o aberto.

Há época o então advogado de Erison Real, Elias Reis, declarou ter pedido a alteração do regime pelo fato de a justiça não ter considerado a primariedade do réu. Na ordem de prisão decretada em 14 de novembro a juíza Ilana Kapah afirma que o réu ‘desapareceu do distrito de culpa’.


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