Polícia

Corpo de mulher enrolado em colchão é identificado e polícia acredita que ela tenha sido vítima de feminicídio

O laudo necroscópico apontou que Cristiane Amanajás Oliveira, de 38 anos de idade, foi morta por asfixia mecânica por estrangulamento


 

Elen Costa
Da redação

 

A polícia identificou o corpo encontrado no último domingo, 18, em uma área de mata, no bairro Coração, na zona oeste de Macapá.

 

Durante uma coletiva à imprensa, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 22, o delegado Mauro Ramos, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), que preside as investigações; e o diretor-presidente da Polícia Científica do Amapá (PAC), Marcos Aurélio Ferreira; confirmaram que o cadáver é de Cristiane Amanajás Oliveira, de 38 anos de idade.

 

 

Conforme declaração do diretor da PCA, o resultado do exame necroscópico revelou que a causa da morte da vítima foi estrangulamento por asfixia mecânica, com a utilização de corda por uma segunda pessoa. O objeto foi encontrado no pescoço da mulher.

 

“O cadáver estava no processo inicial de decomposição, mas conseguimos detectar que não havia no corpo lesões, perfurações de arma de fogo ou branca”, esclareceu Ferreira.

 

Filha de um policial civil aposentado, Cristiane residia no bairro Universidade, zona sul da capital, e tinha cinco filhos, todos adultos. Segundo os levantamentos policiais, ela morava sozinha, mas mantinha contato semanal com a família e sempre estava presente nos eventos familiares.

 

Ainda segundo as investigações, a vítima foi vista pela última vez, em vida, na manhã do dia 16, quando esteve na casa dos parentes e conversou com um deles.

 

“O que nos chamou a atenção foi justamente o tempo em que ela esteve na residência dos familiares para o dia que foi encontrada morta. Foram dois dias, praticamente, e o corpo já estava se degenerando”, questionou o delegado.

 

Mauro Ramos acredita que o ambiente em que Cristiane foi desovada e o fator climático, tenham sido determinantes para deixar o corpo no estado em que foi achado.

 

“Nós até chegamos a cogitar a possibilidade de estar ali há uns cinco dias. Mas, percebemos que as condições do local – área de mata -, o tempo e a forma como o corpo foi acondicionado, contribuíram para a aceleração do processo de decomposição”, explicou.

 

A autoridade policial destacou a importância da rapidez com que a Polícia Científica levou para expedir os resultados e a identificadas.

 

“A partir dessa identificação fomos atrás de familiares e pessoas próximas que pudessem nos dar um direcionamento, para que possamos desvendar, o quanto antes, esse crime”, disse.

 

 

Desde o dia do fato, três equipes da Decipe estão em campo, fazendo os levantamentos, para elucidar o caso e chegar a autoria do hediondo. Pelo menos duas linhas de investigação estão sendo analisadas. Uma delas é que Cristiane tenha sido vítima de um feminicídio.

 

“Não descartamos que se trata de um homicídio qualificado e que houve o crime de ocultação de cadáver. Já temos três suspeitos na mira e estamos atrás dessas pessoas. Contudo, as coisas estão rumando para um feminicídio. Ela tinha um relacionamento, chegou a apresentar uma pessoa no final do ano passado aos familiares, porém, eles não tinham contato com esse rapaz”, revelou Mauro Ramos.

 

A polícia agora conta com a colaboração da sociedade e garante que o anonimato do denunciante é garantido.

 

“O local onde o corpo foi encontrado era ermo e de pouco movimento, mas alguém pode ter visto algo que nos ajude a esclarecer esse crime. Por isso, pedimos a colaboração. As informações podem se repassadas para o disque denúncia da unidade que é o (96) 99170-4302”, solicitou o delegado.

 


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