Polícia

Criança de 1 ano morre após cair dentro de cisterna no Distrito do Coração

Mãe e pai da menina de 1 anos e 8 meses se indignaram no hospital ao ouvir de um suposto médico que a criança poderia ter sido violentada sexualmente; “Foi uma fatalidade”, diz a mãe.


Pai disse que viu a esposa retirar o corpo da filha da cisterna

Uma criança de 1 ano e 8 meses morreu no início da tarde desta quarta-feira (7) após ter caído dentro de uma cisterna em uma propriedade agrícola localizada em um ramal do Distrito do Coração, zona oeste de Macapá.

 

Geane Vitória da Silva Ferreira teria saído de casa enquanto a mãe fazia o almoço. O desaparecimento teria ocorrido por volta de 11h50. Tatiane da Silva Bernardo, de 19 anos, disse que a criança e um irmão dela ficaram no quarto assistindo televisão enquanto ela terminava de preparar a refeição.

 

“Foi um descuido. A minha filha saiu do quarto sem que eu percebesse. Quando senti falta perguntei ao irmão dela e ele não soube responder. Sai em desespero pelo terreno e a avistei dentro da cisterna. Foi quando o pai dela vinha chegando”, disse a mulher.

Mãe afirma que não houve estupro, como dito por um suposto médico no hospital

 

O pai da menina, Gevan Mendes Ferreira, de 22 anos, estava chegando do trabalho. “Eu chegava de moto quando percebi a mãe da minha filha a retirando da cisterna. Ainda fiz respiração e massagem. Corremos até a beira do ramal onde uma senhora que passava de carro embarcou as duas e as levou para o hospital, mas infelizmente minha filha morreu”, declarou o pai.

 

No hospital, Gevan e Tatiane ouviram de um suposto funcionário que a menina aparentava ter sofrido abuso sexual. Em razão dessa declaração, três homens que estavam na propriedade acabaram detidos e levados para delegacia.

 

“O cara se identificou como médico, segundo a mãe da minha filha, e disse que a Vitória [vítima] apresentava sinais de agressão e supostamente poderia ter sido violentada sexualmente. Isso é uma calúnia muito grande. As pessoas que ali trabalham são pais de família e essa possibilidade não existe. Minha filha morreu numa fatalidade”, concluiu o pai se mostrando indignado.

 

O corpo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para ser necropsiado.

 

Reportagem e fotos: Jair Zemberg


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