Polícia

Caso Ramon: Júri é adiado

De acordo com a Promotoria, a defesa dos réus entrou com recursos alegando que um dos denunciados estaria com problemas de saúde e o outro ausente do estado


O julgamento do jornalista Wellington de Miranda Costa e do taxista Rosivaldo da Silva Bezerra, marcado para ocorrer nesta segunda-feira, 20, na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá foi cancelado. Eles seriam julgados pela morte do universitário Ramon Vasconcelos Silva, ocorrida em 2012.

De acordo com a Promotoria, a defesa dos réus entrou com recursos alegando que um dos denunciados estaria com problemas de saúde e o outro ausente do estado. “Diante disso a Justiça remarcou o júri para outubro. Já imaginávamos que isso poderia ocorrer. Agora, a dor de não ver essa caso resolvido reacende em nossos peitos”, disse o pai de Ramon, Alício Santos Silva.

A morte
Ramon Vasconcelos foi encontrado morto no final da madrugada de 14 de janeiro de 2012 na rua Graciliano da Silva Trindade, bairro Jardim Marco Zero, zona sul de Macapá. Mototaxistas que passavam pelo local se depararam com o universitário caído na pista. Ele tinha sangramento e várias escoriações.

Quando os médicos do Corpo de Bombeiros chegaram ao local o óbito foi constatado. Ramon foi visto momentos antes entrando no táxi de Rosivaldo. A vítima estava na companhia de Wellington e mais duas garotas que foram deixadas antes do local em que o rapaz foi encontrado morto.

Segundo a polícia, os envolvidos retornavam de uma festa em um clube na rodovia JK. A vítima tinha ido com amigos, mas durante o evento Wellington o teria abordado e levado para um camarote onde deu bebida alcoólica ao universitário que não bebia. Ramon teria deixado o local amparado por Wellington em função de estar alcoolizado.

A dúvida da polícia era sobre o que aconteceu naquela rua. Inicialmente o taxista e o jornalista disseram que tinham deixado o jovem na beira da rua, mas depois outras versões foram surgindo.

Em abril do mesmo ano, os denunciados participaram de uma reprodução simulada no local. Há época, de acordo com a delegada Odanete Biondi, que presidiu o inquérito, houve contradições nos depoimentos de ambos, o que levou a polícia a realizar a reconstituição do caso. Eles foram indiciados por homicídio com dolo eventual.


Deixe seu comentário


Publicidade