Polícia

Delegada diz que soldado que matou companheira policial tinha ‘paixão doentia’ por ela

Soldado Kássio Mangas assassinou com três tiros, no domingo (12), sua companheira Emily Karine, de 29 anos, que era cabo da Polícia Militar. Ele está preso no Centro de Custódia Zerão


“Ele era obcecado e tinha uma paixão doentia pela companheira. Todas as vezes que ela falava em separação ele ameaçava tirar a própria vida, mas, ao fim, ele acabou a matando”.

 

O relato resumido foi feito na manhã desta quarta-feira (15) pela delegada Sandra Dantas, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) que preside o inquérito que apura a morte da cabo da Polícia Militar, Emily Karine de Miranda Monteiro, de 29 anos, assassinada com três tiros de pistola Ponto 40 na tarde de domingo (12) pelo próprio companheiro, o soldado da PM Kássio de Mangas dos Santos, de 29 anos, que foi preso na terça-feira (14) ao ir prestar depoimento na DECCM. Já havia um mandado de prisão preventiva contra ele.

A delegada concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista (Diário 90,9FM) onde foi categórica em afirmar que durante a tomada de depoimento de várias pessoas próximas ao casal, atestou que o soldado tinha um comportamento doentio em relação à Emily Karine.

 

“Durante o depoimento dele nós fizemos questão de pedir a presença de representantes da Corregedoria da Polícia Militar. Nós descobrimos que há alguns meses a vítima vinha tentando romper de forma definitiva essa relação considerada já doentia, mas ele a chantageava emocionalmente dizendo que se ela fizesse isso ele se mataria. Infelizmente terminou com o assassinato dela”, disse a delegada.

 

Sandra Dantas também revelou já ter solicitado cópias de laudos psicológicos que teriam sido feitos pela Polícia Militar, mas ela não explicou o teor do pedido e nem o caso que levou ao procedimento. Ainda durante o levantamento de informações sobre Kássio Mangas, foi descoberto que contra ele havia o registro de duas ocorrências – feitas por ex-namoradas em 2008 e 2016 – por ameaças de morte.

 

“Estamos aguardando além desse laudo psicológico o resultado dos exames da Politec para poder concluir o inquérito. Temos prazo de 10 dias para conclusão”, concluiu.

 

Após ser indiciado por feminicídio o soldado Kássio Mangas foi encaminhado para exame de corpo delito na Polícia Técnico-Científica (Politec). De lá ele seguiu para o setor de identificação do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e na sequência foi transferido para o Centro de Custódia do Zerão, na zona sul de Macapá.

 

Reportagem: Elden Carlos
Imagens: Marlon Palheta


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